Unidade de pronto atendimento: olhares do usuário à produção do cuidado
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/8505 |
Resumo: | O estudo traz um olhar para as singularidades da produção do cuidado pela perspectiva do usuário em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Além disso, agrega conhecimento sobre o histórico e o desenvolvimento da rede de urgência e emergência do município do Rio de Janeiro e alguns desafios das unidades de emergência na produção deste cuidado. Afirma-se a noção redes dinâmicas em saúde, que transbordam sua institucionalização temática para o reconhecimento de uma rede viva, transversal e potente a apoiar o usuário nos caminhos que faz pelos serviços de urgência e emergência do município. Apresenta metodologia qualitativa de pesquisa-intervenção, forjada em cartografias da Unidade de Pronto Atendimento, a partir de narrativas de trabalhadores da unidade e da constituição de um usuário-guia. Este se mostra como o guia revelador da produção do cuidado em sua rede viva. Tendo em vista a morte socioafetiva deste nos serviços de saúde, propõe-se o método de Autópsia Sócioafetiva. Tal proposta de método é elaborada a partir da autópsia psicossocial, uma reconstrução do status da saúde física e mental e das circunstâncias sociais, psicológicas e afetivas do usuário na produção do cuidado em seu processo saúde-doença-cuidado-morte pelas redes do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao desvelar as dinâmicas e interseções da rede viva do usuário, compreendem-se as singularidades e subjetividades de sua visão sobre a produção do cuidado. O estudo teve como objetivo analisar a produção do cuidado na Rede de Urgência e Emergência, envolvendo gestores, trabalhadores e usuários. Procuraram-se descrever as experiências na Unidade de Pronto Atendimento, com foco nas inovações do modo de produção do cuidado pelo olhar do usuário, levando em consideração as valises tecnológicas do trabalho em saúde, principalmente as interfaces da tecnologia leve nos serviços de urgência e emergência do SUS. As cartografias desenvolvidas apresentam os territórios existenciais da UPA e da multiplicidade de seus trabalhadores e usuários. Desta forma, apresenta as singularidades do cuidado em saúde de urgência e emergência a partir da narrativa da companheira do usuário-guia e de trabalhadoras da UPA. Revela fissuras/meandros da rede de saúde, a multiplicidade do território existencial do usuário e as disputas elaboradas pela garantia do direito à saúde. Aponta inovações no campo das tecnologias leves elaboradas pelos trabalhadores da unidade e apresenta as percepções destes sobre o sistema de regulação de vagas (SISREG). Por fim, a morte socioafetiva do usuário entra também em disputa na produção do cuidado, tanto pela rede de serviços de saúde, que se mostra insuficiente ao não conseguir dar um diagnóstico à companheira do usuário, quanto por sua rede viva que se reconstrói por linhas de captura elaboradas na fé e em grupos de apoio religiosos |