Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Raumi Joaquim de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153932
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Resumo: |
A presente investigação intitulada “Terra, Raça, Classe e Estratégia” visa compreender qual a relação da luta do MST pela Reforma Agrária com o debate sobre a questão racial. Partindo das contribuições teóricas dos sociólogos Clóvis Moura e Florestan Fernandes entre outros autores, nosso estudo tem como finalidade levantar subsídios para a percepção de como as desigualdades sociais e territoriais no campo estão intrinsicamente ligadas às desigualdades raciais. No nosso estudo investigaremos de que maneira o MST historicamente pensa a questão racial associada a luta pela Reforma Agrária, visto que a maioria das pessoas que compõem os assentamentos e acampamentos são negros e negras. A partir desse diagnóstico visamos compreender de que maneira a estratégia de luta do MST se associa à luta contra o racismo, como legado da escravidão e do latifúndio no Brasil. Na perspectiva de contextualizar esta análise em sua possível efetivação nas esferas individual e coletiva, analisaremos a possibilidade de encontrar elementos que apontem para a relação entre terra, raça e classe do ponto de vista da contribuição para o avanço da luta da classe trabalhadora. O estudo parte da hipótese de que o MST não desenvolveu o debate sobre a questão racial como avançou no debate sobre a questão de gênero e a questão LGBT. Porém, constatamos nas entrevistas com militantes do MST da Bahia, um grande potencial para que o debate avance internamente na organização. Pois compreendemos que a questão agrária e a questão racial estão articuladas historicamente no Brasil, sendo marcas do trauma da colonização e da escravidão, que legaram ao país um sistema de divisão da terra desigual e uma estrutura racial que vitimizam a maioria da população pobre e negra com o racismo, como marca estruturante da desigualdade social brasileira. Portanto, podemos tratar a luta pela terra também como uma luta pela superação do racismo, bem como da questão racial como pauta de debate na luta pela reforma agrária. |