Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Maria Rosineide |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181948
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Resumo: |
A formação do campesinato nordestino, assim como das demais regiões brasileiras, foi marcada por um processo contínuo de negação do direito à terra e da construção de uma sociedade desigual e antagônica. Nesse trabalho, pretendemos refletir sobre o patriarcado e a questão da raça enquanto categorias de análise nessa formação. A nosso ver, esse estudo se faz necessário pela necessidade de compreender que papel esteve destinado às mulheres negras no campo nordestino e quais as consequências desse legado. Desse modo, objetivamos verificar os mecanismos de invisibilidade e exploração do trabalho feminino negro no campesinato nordestino. Acrescentamos, ainda, que os estudos sobre a questão agrária no Brasil e os movimentos contemporâneos de luta pela terra possuem uma vasta bibliografia nos mais variados campos das ciências humanas. Entretanto, tais pesquisas, desde as suas origens, se voltaram quase que exclusivamente para as relações de classe existentes no campo e na formação/constituição dos movimentos de luta pela terra, desconsiderando a multiplicidade de relações estabelecidas entre os sujeitos que compõem os movimentos como, por exemplo, as relações étnico-raciais e de gênero. Partimos da hipótese que o debate de gênero e raça são constituintes para o entendimento da questão de classe brasileira e para a compreensão da dinâmica da desigualdade no Brasil. Nesse sentido, parte-se do pressuposto de que é necessário compreender o racismo e o patriarcado como desigualdades fundantes da sociedade brasileira, imersos no bojo das relações sociais, inclusive, no próprio Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Nossa análise busca estudar a realidade concreta vivida por trabalhadoras camponesas, como também suas relações de produção e de poder. A apreensão dessa temática é vista por meio de revisão bibliográfica a partir de vários referenciais cruciais para a sua compreensão. |