Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Scaldelai, Ana Ligia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192740
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Resumo: |
A intensificação é um processo rotineiro na vida de todos nós falantes de uma língua, uma vez que é a partir dela que tentamos convencer, reforçar, persuadir, isto é, mudar a informação pragmática do nosso interlocutor acerca daquilo que temos em mente e do que estamos vivenciando. Como afirma Costa (2010, p. 62), as experiências e as ações que o indivíduo vivencia em seu cotidiano não são sempre iguais, elas se diferenciam por diversos motivos, e um deles é a intensidade com que ocorrem, podendo variar entre maior ou menor força. Logo, as microconstruções intensificadoras do português, do tipo morto de fome, podre de rico, cansado pra caramba, entre outras, são utilizadas na língua com a função de exprimir uma noção superelevada acerca de algo, que ultrapassa os limites do que é concebido como relativamente normal pelo falante. Assim, tais construções intensificadoras funcionam como estratégias discursivas que lançam mão do recurso da metaforização, isto é, não carregam consigo somente o sentido literal, mas também outros significados (construídos via metáfora ou metonímia). Apresentam um pareamento direto de forma-sentido (CROFT, 2001; GOLDBERG, 2006), com uma estrutura sequencial, que inclui tanto posições fixas quanto posições abertas e apresentam diferentes graus de esquematicidade, composicionalidade e analisabilidade. Sendo assim, com base nos pressupostos teóricos da abordagem construcional (TRAUGOTT e TROUSDALE, 2013; BYBEE, 2010), o objetivo deste trabalho é analisar os subesquemas intensificadores [morto de [X]], [podre de [X]] e [[X] pra caramba] com o intuito de verificar o processo de construcionalização dessas construções rumo a construções intensificadoras no português, haja vista que, em outros contextos, construções semelhantes, de natureza qualificadora, são totalmente composicionais, ou seja, preservam ainda todos os seus traços lexicais de estruturas modificadoras. Para tanto, utilizaremos como universo de investigação os textos do Corpus do Português (DAVIES e FERREIRA, 2006; 2015). |