Complexo oracional subjetivo sob a abordagem construcional da mudança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moura, Marcela Zambolim de lattes
Orientador(a): Lacerda, Patrícia Fabiane Amaral da Cunha lattes
Banca de defesa: Cunha, Maria Angélica Furtado da lattes, Dias, Nilza Barrozo lattes, Sousa, Fernanda Cunha lattes, Almeida, Sandra Aparecida Faria de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4481
Resumo: Nesta tese, dedicamo-nos a investigar orações matrizes, compostas por verbo ser e predicativo, e suas orações encaixadas, que funcionam sintaticamente como sujeito, sob a luz da abordagem construcional da mudança, proposta por Traugott (2008a, 2008b) e Traugott e Trousdale (2013). Objetivamos compreender como o complexo oracional subjetivo composto por verbo ser e predicativo na matriz se organiza e se desenvolve na língua portuguesa. Nesse cenário, intentamos, mais especificamente: (a) identificar níveis esquemáticos, a saber, macroconstrução, mesoconstrução, microconstrução e construto (TRAUGOTT 2008a, 2008b); (b) descrever, pontualmente, as microconstruções do complexo oracional subjetivo na língua portuguesa; (c) propor uma rede construcional para o complexo oracional subjetivo composto por verbo ser e predicativo na matriz. Trabalhamos com ocorrências do século XIII ao século XXI, em uma abordagem pancrônica (NEVES, 1997), através de um estudo sincrônico com comprovação diacrônica. Os corpora sincrônicos são constituídos por textos da modalidade escrita e oral da língua. A modalidade escrita é composta por textos retirados de blogs e de revistas online de circulação nacional, a saber, "Revista Veja", "Revista Isto é", "Revista Época", "Revista Caras", "Revista Cláudia" e "Revista Ana Maria". A oralidade é composta por entrevistas selecionadas em três corpora distintos: " Projeto Mineirês: a construção de um dialeto", projeto "PEUL – Programa de Estudos sobre o Uso da Língua" e projeto "NURC/RJ – Projeto da Norma Urbana Oral Culta do Rio de Janeiro". Os dados diacrônicos foram coletados do projeto " CIPM – Corpus Informatizado do Português Medieval" e projeto "TychoBrahe". A partir da análise de dados, identificamos 9 padrões microconstrucionais do complexo oracional subjetivo composto por verbo ser e predicativo na matriz, que apresentam características funcionais e formais específicas e, ao mesmo tempo, similaridades que permitem agrupá-las em níveis construcionais intermediários. Além disso, identificamos um nível hierárquico, altamente esquemático, que abarca todas as construções observadas. Nesse sentido, a análise realizada, conduzida por uma metodologia qualitativa e quantitativa, nos permite defender que o complexo oracional subjetivo composto por verbo ser e predicativo na matriz apresenta padrões construcionais que atendem a propósitos comunicativos distintos.