Avaliação do impacto inicial da eletroestimulação transcutânea parassacral em crianças com constipação intestinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Coelho, Giovanna Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236205
Resumo: Crianças com constipação funcional respondem bem ao tratamento médico convencional, mas um subconjunto dessa população pode apresentar uma resposta insatisfatória e uma melhora não significativa dos sintomas. A estimulação elétrica transcutânea parassacral (EETP) através de eletrodos colocados sobre a região parassacral pode ativar conexões neuronais aferentes, de maneira não invasiva, levando à reflexos sacrais que podem melhorar a motilidade do cólon. Dessa forma, a EETP pode ser considerada um método promissor, seguro e não invasivo para o tratamento da constipação. Entretanto, não há estudo detalhado publicado que investigue seu uso desse método em crianças com constipação funcional. Foi realizado um estudo unicêntrico, prospectivo, longitudinal e intervencional desenvolvido para avaliar a aplicabilidade e os resultados clínicos da EETP em crianças com constipação funcional. As crianças foram submetidas a sessões diárias de EETP transcutânea por um período de 4 ou 8 semanas. Todas as crianças também participaram de entrevistas semiestruturadas, uma em cada uma dos quatro momentos de avaliações: uma semana antes do início da intervenção; imediatamente após as quatro semanas intervenção; imediatamente após oito semanas de intervenção; e quatro semanas após o final do período de intervenção. Nessas entrevistas, foram avaliados os aspectos relacionados ao hábito intestinal e qualidade de vida. Houve melhora significativa da frequência evacuatória, da consistência das fezes, do esforço evacuatório e da dor para evacuar após os períodos de intervenção. Também, uma melhora significativa dos indicadores de qualidade de vida global, principalmente relacionada à esfera psicossocial e total, após quatro semanas e oito semanas de intervenção. Esta melhora na função intestinal e na qualidade de vida se mantiveram mesmo após quatro semanas do término da intervenção. Assim, a EETP transcutânea mostrou-se um método promissor e eficaz, promovendo aumento do número de evacuações e melhora da consistência das fezes, levando a uma melhora direta na qualidade de vida, de crianças com constipação intestinal.