Estimulação elétrica transcutânea parassacral no tratamento da bexiga hiperativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Paula, Lidyanne Ilidia da Silva de lattes
Orientador(a): Bastos Netto, José Murillo lattes
Banca de defesa: Rondon, Átila Victal lattes, Toledo, Antônio Carlos Tonelli de lattes, Frônio, Jaqueline da Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1336
Resumo: Introdução: A bexiga hiperativa é o distúrbio miccional mais prevalente na infância, tendo como principal manifestação a urgência miccional. Geralmente, a uroterapia é a primeira linha de tratamento, que pode ser associada ou não a anticolinérgicos. A Estimulação Elétrica Transcutânea Parassacral (EETP) foi introduzida como uma alternativa para o tratamento de crianças com hiperatividade do detrusor, porém os protocolos de tratamentos descritos exigem várias sessões semanais, o que dificulta a adesão da criança ao tratamento. Assim, esse estudo tem o objetivo de avaliar a eficácia da EETP em sessões únicas semanais no tratamento da bexiga hiperativa em crianças. Métodos: Estudo prospectivo, controlado e randomizado, no qual 16 crianças foram divididas em dois grupos: GC (uroterapia e estimulação elétrica placebo) e GE (uroterapia e EETP). Em ambos os grupos, foram realizadas 20 sessões, uma vez por semana, durante vinte minutos cada. As crianças foram reavaliadas ao final das 20 sessões e 60 dias após o término do tratamento com diário miccional diurno e noturno, escala visual analógica, critérios de Roma III e escala de Bristol. Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto à idade, gênero e etnia. Não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto, as medições volumétricas feitas no diário miccional, a frequência miccional e a constipação intestinal avaliada através dos critérios de Roma III e da escala de Bristol. Sessenta dias após o tratamento, notou-se melhora significativa no GE da urgência miccional (p=0,030) e, naqueles com enurese, no percentual de noites secas (0,039). Ao final das 20 sessões e após 60 dias de tratamento os responsáveis pelas crianças do GE perceberam uma maior melhora em relação aos responsáveis pelas crianças do GC (p=0,052 e 0,046 respectivamente) avaliado pela EVA. Conclusões: A EETP realizada com sessões únicas semanais se mostrou eficaz no tratamento da bexiga quanto aos sintomas de urgência urinária, enurese e na percepção dos responsáveis, porém novos estudos com populações maiores se faz necessários para assegurar estes resultados.