Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Nepomuceno, Érico Correia |
Orientador(a): |
Barroso Júnior, Ubirajara de Oliveira |
Banca de defesa: |
Pinto, Luiz Eduardo Cardoso Café,
Batista, Lucas Teixeira e Aguiar,
Gaborggini, Patrícia Virgínia Lordelo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Medicina e Saúde Pública
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Medicina e Saúde Humana
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/64
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Resumo: |
A eletroestimulação neural transcutânea (TENS) parassacral é eficaz no tratamento de crianças com disfunção não-neurogênica do trato urinário inferior. Naquelas com etiologia neurogênica, os anticolinérgicos continuam sendo o tratamento padrão. Como na maioria destes pacientes não há lesão completa dos tratos nervosos, a eletroestimulação poderia também propiciar melhora clinica e nos parâmetros urodinâmicos. Objetivo: Avaliar a eficácia da TENS parassacral em crianças portadoras de bexiga neurogênica com incontinência urinária. Materiais e métodos: Foram avaliadas retrospectivamente 26 crianças com bexiga neurogênica (média de idade 6,4±4,2anos) que apresentaram hiperatividade detrusora ou déficit de complacência, assistidas pelo Centro de Disfunções Miccionais na Infância (CEDIMI) no período de 2011 a 2012. Um grupo (n=18) recebeu tratamento com oxibutinina oral por 10 semanas e outro grupo (n=8) foi tratado com 30 sessões de TENS parasacral. Através da realização do diário miccional e estudo urodinâmico antes e uma semana após o tratamento, foram avaliados os desfechos: números de fraldas/dia, sensibilidade (desejo miccional), capacidade cistométrica máxima (CCM) e complacência. Foi utilizado o teste de Wilcoxon para análise das variáveis contínuas e o teste de MacNemar para as categóricas. Resultados: A TENS parassacral melhorou a continência em 87,5% das crianças ao reduzir o número de fraldas/dia de 7,2±3,6 para 4,7±3 (p=0,01), enquanto que a oxibutinina melhorou 66,67% com média de 5,7±2,7 para 4±2,4 fraldas/dia (p<0,01). O tratamento com eletroestimulação propiciou melhora na sensibilidade vesical em 85,7% (p=0,06), enquanto que a oxibutinina em 16,7% (p=0,25). Houve aumento significante na CCM apenas no grupo da oxibutinina com média de 108±71mL para 148±70mL (p<0,01), enquanto que entre os tratados com TENS a média foi de 161±122mL para 169±125mL (p=0,5). A complacência foi melhorada no grupo da TENS de 7 para 19 cmH2O (variação de 3-56) com p<0,01. No grupo da oxibutinina este aumento foi menor de 11 para 13 cmH2O (variação de 2-28) com p=0,03. Como os grupos foram diferentes com relação à freqüência de hiperatividade detrusora (78% no grupo TENS e 12% no grupo oxibutinina), não foi possível comparar os métodos. Conclusão: A TENS parassacral e a oxibutinina foram eficazes ao melhorar a complacência vesical e ao reduzir o número de fraldas. Apenas poucos pacientes tornaram-se continentes. A melhora na CCM só foi observada no grupo da oxibutinina. A maior parte dos pacientes no grupo TENS-PS passaram a apresentar sensibilidade ao enchimento vesical. |