Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral associada à terapia comportamental versus terapia comportamental na enurese primária monossintomática: estudo clínico randomizado controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Liliana Fajardo lattes
Orientador(a): Bastos Netto, José Murillo lattes
Banca de defesa: Chagas, Paula da Silva Carvalho lattes, Toledo, Antônio Carlos Tonelli de lattes, Ramos, Plínio dos Santos lattes, Fonseca, Maria Luiza Veiga da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6503
Resumo: A enurese é definida como incontinência urinária durante o sono que ocorre após os 5 anos de idade. A forma mais comum desta patologia é a enurese monossintomática, na qual não existem sintomas diurnos associados que indiquem disfunção miccional. A utilização da eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral (ENTP) nas disfunções do trato urinário inferior já está bem difundida na literatura, no entanto seus efeitos na enurese monossintomática ainda precisam ser mais estudados. Objetivos: Avaliar a resposta clínica da ENTP associada à terapia comportamental em crianças com enurese primária monossintomática comparando ao tratamento comportamental. Material e Métodos: Estudo prospectivo, controlado e randomizado, no qual 72 crianças foram divididas em dois grupos: GC (uroterapia e estimulação elétrica placebo) e GE (uroterapia e ENTP). Em ambos os grupos, foram realizadas 20 sessões, três vezes por semana, durante vinte minutos cada, com 10Hz de frequência, 700μS de largura de pulso e intensidade determinada pelo paciente. Foram analisados os percentuais de noites secas 15 dias antes do tratamento (T0), após a realização da 20ª sessão (T1), 15 (T2), 30 (T3), 60 (T4) e 90 (T5) dias após o término das sessões. Resultados: Vinte crianças enuréticas, sendo 11 meninas (55%) com idade média de 9,09 ± 2,23 anos finalizaram o estudo. Os grupos eram semelhantes quanto o sexo (p>0,39). Não houve diferença na idade média entre os grupos. A média do percentual de noites secas do GE no T0 foi de 39,8%, no T1 de 53%, T2 de 58%, T3 59,2%, T4 58,2% e T5 63%, enquanto no GC esses percentuais eram de 24,4%, 37,3%, 33,4%, 33,2% e 34% respectivamente. A média do percentual de noites secas no GC foi de 32,7% e no GE 55,3% (p=0,046). Conclusão: A ENTP associada à terapia comportamental se mostrou mais eficaz que a terapia comportamental isolada no tratamento da enurese primária monossintomática.