Os (Im)pactos da progressão continuada na voz dos professores de língua portuguesa

• Ano de defesa: 2009
• Autor(a) principal: Salvador, Juliane [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Educação - Brasil; Ensino; Educação e Estado; Teaching quality; Learning Cycles; Quality of education
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90238

O presente trabalho aborda o tema da progressão continuada, mais especificamente o Programa implementado na rede pública do Estado de São Paulo, a partir de 1998. O objetivo central é verificar o impacto das medidas adotadas no processo de ensino-aprendizagem e na qualidade do ensino paulista público. Para tanto, nossa atenção voltou-se aos alunos ingressantes de segundo ciclo do ensino fundamental, ou seja, alunos que estão concluindo um ciclo e iniciando um novo e, supõe-se, tenham adquirido o domínio básico da língua escrita. O trabalho foi articulado a partir de duas bases: uma de abordagem teórica, e outra, de caráter prático-investigativo. A primeira parte tratou da caracterização: das origens da escola seriada no Estado de São Paulo no período republicano até as tentativas de reorganização do ensino em ciclos; da diferenciação entre os conceitos de ensino em ciclos e progressão continuada e da política educacional paulista. A segunda parte consistiu em coleta de dados, por meio de entrevistas semi-estruturadas, com uma, coordenadora pedagógica e nove professores de língua portuguesa da rede pública estadual de ensino da região de São Carlos, interior paulista, que lecionavam no Ensino Fundamental para as 5ª séries. Com estas entrevistas objetivou-se investigar as quais são as possibilidades e impasses encontrados no regime da progressão continuada no processo de ensino-aprendizagem dos alunos de 5ª série. A partir destes dados colhidos e das leituras realizadas, as categorias foram construídas e sob esse enfoque, a análise dos dados permitiu considerar que os professores desta pesquisa encontram alunos nas 5ª séries que estão muito defasados no que tange à aquisição do conhecimento, visto que não dominam o código lingüístico e há professores com classes heterogêneas, sem apoio para o trabalho e tendo que cumprir um currículo...