Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Vales, Juliana Duarte Manhas Ferreira do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-22102013-164736/
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Resumo: |
A trajetória da educação formalizada em instituições escolares, ao longo da história, passou por diversas transformações e reformas. A partir dos anos 1990, no Estado de São Paulo, tomou-se a iniciativa de empregar nas escolas a organização do ensino em ciclos, ou seja, a mudança dos anos escolares concebidos em séries para ciclos de ensino, juntamente com a progressão continuada dos alunos ao final de cada ciclo. Com a implantação dessa medida, houve uma nova referência para a elaboração das avaliações. Elas passaram a ser realizadas por sistemas padronizados, externos ao ambiente escolar. Nessa medida adotada, as avaliações externas, tendo em vista a exposição dos resultados obtidos pelos alunos transformaram a escola em palco de competitividade, tanto entre professores e alunos, como entre escolas diferentes, numa busca constante de obtenção de notas: uma compreensão precária do fazer pedagógico. A adoção dos ciclos pretendia enfrentar o fracasso escolar observado nas décadas anteriores a sua implementação (devido aos baixos rendimentos escolares dos alunos, ao alto índice de reprovação, à evasão escolar, entre outros fatores), servindo como uma alternativa eficaz para a questão dos processos de ensino aprendizagem nas escolas. No entanto, a forma como foi implantada tal medida, acabou gerando um clima de ansiedade e insegurança em todos os envolvidos no processo educacional em relação ao rumo que a própria aprendizagem deveria tomar. A reprovação assume dentro das instituições escolares um caráter histórico, uma vez que, embasados nessa lógica, muitos professores acreditavam manter sua figura de autoridade perante os alunos. Considerando que a função avaliativa foi compartilhada com os sistemas de avaliação externos, e que esse fato trouxe implicações para a autoridade docente, foi estabelecido que: o objetivo geral desta pesquisa é analisar como são desenvolvidas as práticas avaliativas em sala de aula e suas relações com a autoridade docente em três escolas públicas estaduais do interior paulista. Os objetivos específicos são: descrever e analisar como os professores desempenham suas práticas avaliativas em sala de aula; conhecer e analisar como professores, coordenadores e diretores concebem as funções da avaliação da aprendizagem e como as relacionam com sua autoridade profissional; identificar, descrever e analisar dificuldades no âmbito escolar em relação à avaliação da aprendizagem, assim como as respectivas formas de enfrentamento de tais dificuldades. O fato de o regime de ciclos com progressão continuada ter sido implementado simultaneamente em todo sistema de ensino paulista é um indicador importante de que há similaridades que perpassam toda a rede. Por essa razão, foi utilizado o estudo de casos cruzados. Os procedimentos de coleta de dados foram: observação participante, entrevistas e análise documental. A pesquisa foi realizada em três escolas públicas estaduais paulistas. Os participantes foram professores, coordenadores e diretores. A análise preliminar dos dados, referente às implicações das avaliações externas para o trabalho pedagógico e para a autoridade docente, indica grandes divergências entre as concepções e as experiências do corpo docente das escolas pesquisadas, evidenciando, também, que a compreensão ou a adesão ao discurso acadêmico não está diretamente ligada ao fazer pedagógico no cotidiano escolar. |