Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mascotti, Thais de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183441
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Resumo: |
Considerando a necessidade de delinear e sistematizar condições de ensino de comportamento verbal a pessoas com repertório verbal mínimo e o uso crescente do Multiple Exemplar Instruction (MEI), estratégia que coloca diferentes topografias de operantes verbais e seus controles de estímulos em rotatividade, com potencial para integrar operantes verbais, o presente trabalho realizou três estudos. O Estudo 01 apresenta uma revisão de literatura com os descritores "multiple exemplar instruction" OR “multiple exemplar training", no Web of Science, Scopus e Pubmed, sem restrição de ano. Visou sistematizar o uso dos termos Multiple Exemplar Instruction (MEI) e Multiple Exemplar Training (MET), identificar e descrever sob quais arranjos de procedimento o MEI tem sido usado e seus resultados. Foram selecionadas 65 publicações e MET foi o termo mais frequentemente usado; em relação ao MEI, a população mais frequentemente envolvida nos estudos foram crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no entanto outros diagnósticos demonstraram menor exigência de exposição ao MEI. Discute-se a aproximação entre os termos MEI e MET na literatura e elementos de distinção. O Estudo 02 apresenta um estudo de caso que explorou os efeitos do MEI sobre a integração entre operantes de ouvir e falar e sobre variabilidade no desempenho de uma criança com Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva (DENA). O participante tinha sete anos de idade, usuário de implante coclear (IC) unilateral há um ano e quatro meses. Os resultados demonstraram que as maiores porcentagens de acertos nas sondagens foram para os conjuntos que receberam o ensino por MEI, mas que o treino com esse procedimento não garantiu a generalização para outros conjuntos de estímulos somente a partir do treino de ouvinte após o MEI. Observou-se uma redução da variabilidade (aproximação entre as porcentagens de acertos) entre os operantes de ouvir, tatear e ecoar, nos conjuntos, se comparar pré e pós testes. Por fim, o Estudo 03 apresenta uma replicação do delineamento do estudo 02, verificando se os resultados de interdependência funcional entre operantes verbais e redução da variabilidade comportamental seriam alcançados em participantes com TEA. Participaram três crianças, com oito, seis e cinco anos de idade. Os resultados demonstraram que o treino somente de ouvinte não garantiu a emergência dos repertórios de falante (ecoico e tato), sendo necessária a exposição ao MEI. No MEI, observou-se aumento das porcentagens de acertos em tato e ecoico. No entanto, apenas uma exposição ao MEI não proporcionou a emergência de repertórios não ensinados diretamente após treino somente de ouvinte. Nos pós-testes e follow-up a variabilidade entre os operantes, ou seja, diferentes porcentagens de acertos para ouvinte, tato e ecoico, persistiu. Futuros estudos podem realizar a intervenção com mais treinos de MEI e averiguar quantas exposições a esse procedimento são necessárias para emergência do repertório de falante após o treino somente de ouvinte em participantes com TEA. Discute-se o papel do ecoico como facilitador ou não da emergência do tato quando se adota o MEI. |