Emergência de tato após Instrução por Múltiplos Exemplares em crianças com Transtorno do Espectro Autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ortigoza, Fernanda de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251456
Resumo: Repertórios de ouvinte (i.e., comportamento controlado por estímulos verbais auditivos) e de falante (i.e., emitir comportamentos verbais) constituem-se em cúspides comportamentais e a integração entre esses constituem-se em capacidades de grande importância social. Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem demonstrar independência funcional entre repertórios de ouvinte e falante. A Instrução por Múltiplos Exemplares (MEI) pode promover a interdependência entre esses operantes e a emergência de tato (comportamento sob controle de estímulos não verbais) após o treino de ouvinte. A literatura tem registrado diferentes quantidades de exposição ao ensino via MEI assim como diferentes operantes na estrutura de ensino. Este estudo verificou o efeito MEI sobre a interdependência entre ouvir e falar e emergência do tato em crianças com TEA. Participaram três crianças (P1: 4 anos, menina, VBMAPP nível 1; P2: 4 anos, menino, VBMAPP nível 1; P3: 5 anos, menino, VBMAPP nível 1). O ensino e teste de tarefas de ouvinte baseado em seleção, ecoico e tato foram realizados via software Magnólia com três conjuntos de estímulos. O procedimento foi: pré-teste de ouvinte, tato e ecoico (três conjuntos); treino de ouvinte/teste de tato e ecoico (conjunto 1); MEI de ouvinte/tato/ecoico (conjunto 2); teste de tato e ecoico (conjunto 1); treino de ouvinte/teste de tato e ecoico (conjunto 3); pós-testes (três conjuntos). Os pré-testes evidenciaram variabilidade entre os operantes de ouvir e falar e tato em torno de 60% de acertos; o treino de ouvinte aumentou a porcentagem de acertos em tatos (80% para dois participantes); após a exposição ao MEI com um único conjunto de estímulos observou-se na integração entre ouvinte e falante (conjunto 2) e tatos com precisão de 100% para os três participantes (conjunto 3), demonstrando o potencial do MEI sobre a emergência de comportamento de falante após a aprendizagem do comportamento de ouvinte.