Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Merlin, Adriana Maura Barboza [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150661
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Resumo: |
Estudos da parceria entre a Fonoaudiologia e Análise do Comportamento têm investigado sob quais condições de ensino implantados cocleares pré-linguais aprendem habilidades auditivas e as relações que estabelecem com a produção oral. Uma rota que permite a extensão do controle entre repertórios verbais é o Ensino por Múltiplos Exemplares (do inglês Multiple Exemplar Instruction, MEI), que tem sido pouco explorada em estudos com usuários de implante coclear. Este estudo objetivou investigar o efeito do ensino por MEI sobre a integração entre repertórios de ouvinte e falante em crianças com Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva (DENA) e usuárias de implante coclear (IC). Participaram três crianças com 6 anos de idade, uma do sexo feminino e duas do sexo masculino, com o diagnóstico de DENA e um quadro de perda auditiva severa-profunda, bilateral e pré-lingual. Todos os participantes usavam implante coclear uni ou bilateral, frequentavam o ensino regular e recebiam atendimento multidisciplinar no follow-up do serviço de implante coclear. Os participantes apresentavam maturidade intelectual típica e reconhecimento auditivo inferior à idade cronológica, aferidos pela Escala Colúmbia de Maturidade Intelectual e o Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT-4R). Foram adotados estímulos auditivos e figuras que corresponderam às palavras (substantivos) e sentenças de dois termos (substantivos+adjetivos), que foram convencionais (para GABI e SOZA) e não convencionais (para DOZA). O estudo empregou um delineamento de sondas múltiplas e foi composto por sondas e ensino. As sondas foram intercaladas com o ensino e avaliaram as relações de discriminação condicional auditivo-visual, de tato e de ecoico para os estímulos de todas as unidades. O ensino foi organizado em duas unidades e cada unidade tinha dois passos; no passo 1, eram ensinadas relações verbais envolvendo apenas substantivos; no passo 2, substantivos+adjetivos. Os blocos de ensino foram estruturados por MEI e apresentavam de maneira rotativa as tarefas de ecoico, de ouvir baseado em seleção (discriminação condicional auditiva-visual) e de tato. Na primeira sonda (pré-teste), os participantes apresentaram desempenhos de ouvinte com variabilidade (100% de acertos para GABI, 60% para SOZA e nulo para DOZA) e os desempenhos de falante foram discrepantes, com porcentagem de acertos nos desempenhos de falante superior ou inferior ao de ouvinte. Os números de sessões variaram entre os participantes, até atingirem a maior porcentagem de acertos nas tarefas de ouvinte e de falante. Ainda que o repertório de ouvinte fosse mais preciso e aprendido primeiro, todos aumentaram a porcentagem de acertos nos desempenhos de falante que ficaram próximos aos de ouvinte após o ensino. Nas sondas que sucederam o ensino com substantivos, GABI e SOZA mantiveram os desempenhos em ouvir e falar e demonstraram a extensão de controle dos estímulos do Passo 1 (substantivo) para o Passo 2 (substantivo+adjetivo), mesmo que ainda não tivesse sido diretamente ensinado. Discute-se o potencial do uso clínico do MEI no estabelecimento, integração e extensão dos repertórios de ouvinte e falante em crianças com DENA e IC. |