Sorologia e detecção molecular de Coxiella burnetii em bovinos no estado de São Paulo, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mioni, Mateus de Souza Ribeiro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180792
Resumo: Coxiella burnetii é uma bactéria intracelular obrigatória responsável por causar a febre Q em humanos, mas também é conhecida como coxielose em animais. No Brasil, pouco é sabido a respeito da epidemiologia da enfermidade. O presente estudo objetiva estabelecer a prevalência do patógeno em bovinos abatidos no estado de São Paulo, além da detecção molecular em soro e fetos de bovinos. A sorologia de 1515 amostras de bovinos coletadas em frigoríficos foi realizada por reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para anticorpos anti-C. burnetii. Reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) visando detectar o gene IS1111, foi utilizada para o diagnóstico molecular de C. burnetii em amostras de soro e fetos de bovinos. A prevalência aparente para anticorpos anti-C. burnetii em bovinos foi de 23,8% [IC95%=21,7% – 25,9%] (n=360), e a prevalência real de 20,0% [IC95%=17,8 – 22,3%]. A qPCR foi realizada nas 360 amostras soropositivas e apresentou resultado positivo em 92 amostras (25,6% [IC95%=20,1% – 28,8%]), demonstrando a presença do micro-organismo na corrente sanguínea dos bovinos amostrados. Entre as 28 amostras de fetos bovinos analisados, 10,7% (n=3) foram positivas na qPCR, confirmado por sequenciamento. A análise por qPCR quantitativo das amostras de abortamentos indicaram concentração entre 500 – 104 células por grama de tecido. Análise de multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA) e Multispacer Sequence Typing (MST) das amostras de fetos e do controle positivo revelaram novas estirpes de C. burnetii circulando no Brasil e na Argentina. Os resultados aqui apresentados evidenciam a circulação da bactéria alertando para o risco para saúde pública.