Pesquisa de infecção por Coxiella burnetii e Toxoplasma gondii em fêmeas de primatas não humanos em um instituto de pesquisa no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Forneas, Danielle da Silva
Orientador(a): Lemos, Elba Regina Sampaio de, Horta, Marco Aurélio Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55366
Resumo: Desordens reprodutivas ocasionam grandes perdas para colônias de primatas, principalmente quando, por exemplo, se tem como objetivo que um determinado animal tenha descendentes com determinadas características genéticas. Este problema pode estar relacionado a diversos fatores, entre eles, fatores genéticos, questões de obesidade, comportamental/bem-estar e fatores de origem infecciosa. Em relação a este último fator, além dos gêneros Mycoplasma e Brucella, a proteobactéria Coxiella burnetii que é o agente etiológico da febre Q em humanos e coxielose em animais, assim como o protozoário Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose humana e animal, são agentes infecciosos que também precisam ser considerados, especialmente em animais com histórico de aborto e de outros distúrbios reprodutivos. Neste contexto, este projeto teve como proposta desenvolver um estudo descritivo seccional com o objetivo de verificar a presença de anticorpos anti-C. burnetii e anti-T. gondii pela reação de imunofluorescênica indireta (RIFI), além da reação em cadeia da polimerase (PCR) para pesquisa de C. burnetii em amostras de soro de fêmeas de PNHs, com e sem histórico de distúrbios reprodutivos, mantidas em cativeiro no Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos - ICTB. Das 152 amostras de soro dos PNHs, espécies Saimiri ustus, S. sciureus, Macaca fascicularis (Cynomolgus) e Macaca mulatta (Rhesus), submetidas à análise sorológica (RIFI) e molecular (PCR) para a pesquisa de infecção por C burnetii, todas foram negativas. Quanto à pesquisa de infecção por T.gondii, a presença de anticorpos foi detectadaemsetedas 152 amostras (4,6 %). Quatro destas sete fêmeas tinham histórico de abortos e todas pertenciam a espécie M. mulatta. Nossos resultados sugerem que em casos de abortos a pesquisa de T. gondii deve ser considerada