Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Cecília Guimarães Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255431
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Resumo: |
Introdução: O feto é altamente suscetível à influência de elementos extrauterinos em sua formação. A exposição a agentes poluentes do ar e da água pode afetar seu desenvolvimento, acarretando potencial morbidade e mortalidade. Como a exposição a esses elementos é potencialmente modificável por intervenções governamentais, é necessário aprofundar o conhecimento sobre o impacto da poluição nos desfechos perinatais. Objetivo: Verificar a possível correlação entre níveis de exposição a poluentes do ar e da água e desfechos perinatais adversos (prematuridade, pequenos para a idade gestacional, anomalias congênitas e mortalidade perinatal) no Estado de São Paulo, entre 2015 e 2020. Método: Estudo de coorte retrospectiva com base populacional. Avaliamos se há diferença nas taxas de parto prematuro, pequeno para idade gestacional, presença de anomalias congênitas e fetos natimortos de acordo com a exposição gestacional a poluentes do ar (material particulado, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e ozônio) e da água (cádmio, cobre, chumbo, mercúrio, níquel, zinco, manganês, ferro, alumínio, nitrato e fósforo). Resultados: Foram estudados 2.349.161 de partos que ocorreram no Estado de São Paulo entre 2015 e 2020. Não encontramos relação entre os poluentes do ar e da água com os desfechos prematuridade, pequeno para idade gestacional e natimorto. Para o desfecho anomalia congênita, os principais resultados foram ozônio como fator de risco para anomalias de órgãos genitais com RR de 2,17 (IC 95% 1,72 – 2,73, p <0,01) e fósforo como fator de risco para anomalias do sistema urinário com RR de 2,15 (IC 95% 1,77 – 2,60, p <0,01). A frequência de gestantes da coorte expostas a concentrações maiores que a máxima estabelecida pelos órgãos regulatórios no Estado de São Paulo entre 2015 e 2020 foi 87,8% para ozônio e 75,9% para fósforo. Conclusão: Dentre os resultados obtidos, destaca-se a relação positiva entre a exposição ao ozônio e anomalias congênitas dos órgãos genitais e a exposição ao fósforo e as anomalias urinárias. Nossos resultados podem guiar pesquisas futuras e políticas públicas no que diz respeito ao controle de poluição ambiental e combate a desfechos perinatais adversos. Palavras-chave: poluição do ar, poluição da água, desfechos adversos do nascimento, anomalia congênita |