Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mazzola, Jaqueline Brandão [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67420
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Resumo: |
Introdução: gestações com complicações clínicas e obstétricas, tal como a restrição de crescimento fetal (RCF), não implicam absolutamente em parto cesáreo. Estudos atuais apontam possibilidade de parto vaginal com segurança no contexto da RCF. Objetivos: avaliar os desfechos perinatais, incluindo a via de parto pela Classificação de Robson, dos fetos com peso estimado abaixo do percentil 10 acompanhados em centro terciário segundo protocolo local. Métodos: estudo retrospectivo e observacional selecionando as gestações únicas internadas para parto no serviço de janeiro de 2018 a dezembro de 2019. Critérios de exclusão: malformações fetais e suspeita de infecção fetal. Foram categorizados três grupos na amostra: grupo RCF (restrição de crescimento fetal definida pelo consenso Delphi), grupo PIG (pequeno para a idade gestacional - fetos com peso estimado abaixo do percentil 10 mas sem critérios de RCF pelo consenso Delphi) e grupo controle (demais partos da instituição no período). Além do estudo da via de parto, os principais desfechos avaliados foram: óbito fetal, idade gestacional do parto, peso do nascimento, Apgar de 5° minuto, necessidade de reanimação neonatal, admissão em unidade de tratamento intensivo (UTI) neonatal, tempo total de internação e óbito intrahospitalar. Resultados: incluídas 852 gestantes sendo 747 pacientes do grupo controle, 85 pacientes do grupo RCF e 20 pacientes do grupo PIG. No grupo RCF a mediana da idade materna (p=0.012), da idade gestacional do parto (p<0.001) e do peso do recémnascido (p<0.001) foram menores enquanto a taxa de parto cesáreo foi maior (p<0.001). Em relação ao desfecho perinatal, houve diferença nas taxas de reanimação neonatal (p<0.001), admissão em UTI neonatal (p<0.001) e tempo total de internação em UTI (p<0.001) entre os grupos, sendo maior no grupo RCF. Apesar da maior taxa de parto cesáreo no grupo RCF (p<0.001), quando avaliamos esse grupo individualmente e categorizamos essas pacientes à admissão pela classificação de Robson percebemos que nos grupos de Robson 1 a 5.1 (onde estão alocadas as pacientes com maior chance de parto vaginal pelas características intrínsecas do grupo associadas ao nosso protocolo de seguimento e conduta) conseguimos parto pela via vaginal em quase 60% das pacientes sem aumento da morbidade perinatal. Conclusões: apesar de encontrar maior prevalência de parto cesariano e de alguns desfechos perinatais desfavoráveis no grupo RCF, não foram observadas diferenças entre as taxas de óbito fetal (p=0.723) e de óbito intra-hospitalar (p=0.213) entre os grupos, denotando seguimento adequado no grupo RCF. E mesmo na presença dessa condição, o parto vaginal deve ser considerado especialmente nos grupos de Robson onde há maior sucesso da via vaginal (grupos 1 a 5.1), buscando evitar a primeira cesariana ou a cesariana de repetição. |