Crenças e atitudes linguísticas de professores de língua portuguesa em Roraima e a relação com sua formação e suas práticas pedagógicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Martins, Elecy Rodrigues [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190833
Resumo: Em Roraima, o preconceito historicamente arraigado gerou e ainda gera crenças e atitudes linguísticas negativas relacionadas à cultura e à fala dos migrantes maranhenses e, atualmente, à dos imigrantes venezuelanos. Esse preconceito está presente nas mais distintas esferas sociais. Nela acontecem embates sociais e linguísticos diversos, e mesmo aqueles que possuem conhecimentos técnicos sobre a diversidade linguística, suas causas e consequências, por vezes, podem apresentar ações que reforçam essa estigmatização quanto à origem e à variação linguística de parcelas da população. Diante desses aspectos, esta pesquisa teve o objetivo de investigar as crenças e as atitudes linguísticas de professores de língua portuguesa do estado de Roraima em relação às variações diatópicas estigmatizadas (a variedade maranhense e a fala de imigrantes venezuelanos) e correlacioná-las à sua formação e às suas práticas pedagógicas. Esta pesquisa está inserida na área da Sociolinguística (LABOV, 2008[1972]), que correlaciona fatos linguísticos e sociais, na sua vertente Educacional (BORTONI-RICARDO, 2004, 2005), que trabalha com os fenômenos da língua em uso, com base na relação língua e sociedade e voltada para a realidade dos alunos; e na Psicologia Social (LAMBERT; LAMBERT, 1981[1964]), área na qual se assentam os estudos sobre crenças e atitudes. Os dados da pesquisa foram obtidos através da aplicação de questionários compostos por questões de informações gerais, teste de crenças (CYRANKA, 2007), teste de atitudes (LAMBERT et al.,1960) e questões abertas. Como resultado, observou-se que os professores têm atitudes negativas relacionadas à variedade maranhense e à fala de imigrantes venezuelanos, ligadas às crenças sobre a língua e à perspectiva avaliativa de “certo” e “errado”, preconizadas pelo princípio de ensino de língua portuguesa brasileira baseado na gramática normativa, fato que se relaciona à sua formação profissional.