Crenças e atitudes linguísticas: a importância do conhecimento da variação linguística em Espanhol como Língua Estrangeira (ELE) na formação docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Masgo, Victor Ricardo Romero lattes
Orientador(a): Carlos, Valeska Gracioso lattes
Banca de defesa: Botassini, Jacqueline Ortelan Maia lattes, Couto, Ligia Paula lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Departamento: Departamento de Estudos da Linguagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2988
Resumo: O ensino de qualidade do Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE) é um dos objetivos centrais dos cursos de Licenciatura em Letras nas universidades brasileiras. Nos últimos anos, a preocupação pela manutenção da disciplina de Espanhol no currículo escolar e a ampliação do seu alcance na comunidade têm acrescentado o número de pesquisas acadêmicas no âmbito da sociolinguística. Neste sentido, o presente trabalho investigativo versa sobre a importância do conhecimento dos fenômenos de variação linguística presentes no E/LE, com o intuito de reforçar a valorização do plurilinguísmo no ensino e na aprendizagem nessa língua, e de promover um ensino mais próximo a situações reais de comunicação. Neste propósito, esta pesquisa tem como objetivo central apresentar e analisar algumas crenças e atitudes linguísticas de uma seleção de acadêmicos do 1º e 4º ano do curso de Letras Português/Espanhol da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com a finalidade de observar a inter-relação das crenças e atitudes linguísticas e abordar seus possíveis impactos na formação docente dos graduandos. A base teórica tem como principais referenciais Labov (2008), Silva-Corvalán (2001), Moreno Fernández (2008), Barcelos (2006), Lambert e Lambert (1981), López Morales (2004), Rojas (2015), Quesada e Chiquito (2014), Couto (2016), entre outros. Para a obtenção dos resultados, foram aplicados questionários que proporcionaram indicadores para observar como está sendo abordada/tratada a temática da variação linguística no processo formativo do docente de E/LE. Logo após as análises, os resultados obtidos indicam a desconstrução de algumas crenças como aquelas vinculadas à hegemonia de alguma(s) variedade(s) de LE, estudadas em outros trabalhos acadêmicos e a aparição de algumas outras novas crenças como a possibilidade de lecionar através das diferentes variedades de E/LE. Detalha-se também uma série de atitudes linguísticas sobre as variedades presentes na língua espanhola, as quais permitem corroborar as crenças manifestadas pelos informantes. Deste modo, conclui-se que estes indicadores que refletem em grande parte os avanços e percalços do processo de formação docente, são de muita utilidade no propósito de realizar sugestões em prol de um ensino de E/LE que integre a cultura na sua concepção de língua, e que permita que o docente reflita a cada dia sobre sua práxis didática e pedagógica. Por fim, espera-se que através dos apontamentos, as análises realizadas e as conclusões dadas, haja uma contribuição em favor de um ensino de E/LE que valorize o conhecimento de variação linguística e das variedades da língua estrangeira espanhola.