Uso de índices do fluxo aórtico derivados da ecocardiografia transtorácica para avaliar a resposta ao desafio hídrico em cães anestesiados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Guillermo Carlos Veiga de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238340
Resumo: Objetivo: avaliar a habilidade das medidas de fluxo aórtico pela ecocardiografia transtorácica para discriminar a resposta a uma prova de carga (PC) em cães anestesiados hígidos. Delineamento experimental: estudo experimental, prospectivo. Animais: Total de 48 cães anestesiados com isoflurano (14,2-35,0 kg) submetidos à cirurgia eletiva. Métodos: A fluido responsividade foi avaliada antes da cirurgia através de uma PC (Ringer lactato 10 mL/kg por via intravenosa durante 5 minutos). Aumentos percentuais no volume sistólico através da termodiluição transpulmonar (VSTDTP) >15% dos valores registrados antes da PC definiram os respondedores a expansão volêmica. Um grupo de 24 animais foi definido como não respondedores (VSTDTP ≤15%). Quando VSTDTP foi > 15% após a primeira PC, outras provas adicionais foram administradas até o VSTDTP ser ≤15%. O status final de fluido responsividade foi baseado na resposta a última PC. Os aumentos percentuais após a PC nos índices de fluxo aórtico [integral de velocidade em função do tempo (VTIPC) e velocidade máxima (VmaxPC)] e na pressão arterial média (PAMPC) foram comparados com VSTDTP. Resultados: Após uma PC, 24 animais foram respondedores. Para os não respondedores, o VSTDTP foi ≤15% após uma, duas e três PCs em oito/24, 15/24 e um/24 animais, respectivamente. A PC que definiu a responsividade aumentou VSTDTP em 29 (18-53)% nos respondedores e em 8 (-3 a 15)% nos não respondedores [média (intervalo)]. A área sob a curva de características de operação do receptor (AUROC) de VTIDH (0,901) foi maior que as AUROCs de VmaxPC (0,774, p = 0,041) e PAMPC (0,519, p < 0,0001). PAMPC não previu a capacidade de resposta (p = 0,826). Os melhores valores de corte para discriminar respondedores, com as respectivas zonas de incerteza diagnóstica (“gray zones”) foram >14,7 (10,8-17,6)% para ∆VTIPC e >8,6 (-0,3 a 14,7)% para ∆VmaxPC. Os animais dentro da “gray zone” foram 17% (∆VTIPC) e 50% (∆VmaxPC). Conclusões e relevância clínica: As alterações no VTI induzidas pela PC podem determinar a responsividade com razoável acurácia em cães e podem desempenhar um papel importante na fluidoterapia guiada por metas.