Efeitos de três volumes correntes (8, 12 e 16 mL/kg) na variação da pressão de pulso e na variação da velocidade máxima do fluxo aórtico em cães anestesiados com isoflurano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Parisi, Gustavo Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242287
Resumo: Objetivo – Avaliar os efeitos da ventilação mecânica com três volumes correntes diferentes (VT) sobre índices dinâmicos de pré-carga em cães anestesiados com isoflurano. Metodologia – Em um estudo prospectivo randomizado, 14 cães (15,8–26,9 kg) anestesiados com isoflurano diluído em oxigênio sob bloqueio neuromuscular induzido pelo atracúrio, receberam 3 protocolos de ventilação com volume controlado (relação inspiração/expiração de 1:2 e 30% de pausa inspiratória), empregando-se 8, 12 e 16 mL/kg de VT (VT8, VT12, e VT16, respectivamente). Cada VT foi mantido por 15 minutos e a ordem de cada VT foi randomizada. A frequência respiratória foi ajustada de maneira a manter a presssão parcial de gás carbônico expirada entre 35-45 mmHg, limitada a um máximo de 22 movimentos/min. A variação de pressão de pulso (VPP, n = 14), obtida da pressão arterial direta (cateterização da artéria dorsal podal), e a variação respiratória do fluxo aórtico (ΔVpeak, n = 13), obtida pela ecocardiografia transtorácica (janela paraesternal esquerda, corte apical de cinco câmaras), foram registradas ao fim do período de manutenção de cada VT. Resultados – A pressão de platô aumentou de 7 (6-7) cmH2O (mediana [intervalo interquartil]) em VT8 para 9,5 (8-10) cmH2O e 11,5 (10-12) cmH2O em VT12 e VT16, respectivamente (p < 0,0001–0,024). A VPP aumentou de 10 ± 3% (VT8) para 14 ± 4% (VT12) e 19 ± 6 % (VT16) (p < 0,0001–0,0009). A ΔVpeak aumentou de 10,3 ± 4,0% (VT8) para 13,3 ± 3,7% (VT12) e 17,1 ± 5,7% (VT16) (p = 0,0005–0,004). Baseado em valores de corte de VPP para discriminar respondedores a expansão de volume publicados utilizando o mesmo algoritmo (VPP > 16%), seria previsto que 7%, 29% e 64% dos animais seriam responsivos a expansão de volume durante ventilação mecânica com VT8, VT12 e VT16, respectivamente. Conclusão – A elevação do VT de 8 a 16 mL kg-1 modifica as interações coração- pulmão durante ventilação mecânica e altera a predição de fluido responsividade pelos índices dinâmicos de pré-carga.