Tolerância de sete variedades de mangueira ao estresse salino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Mirisola Filho, Luiz Ângelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10298
Resumo: Para avaliar a tolerância de variedades de mangueira a condições de salinidade, realizou-se um ensaio, em casa de vegetação, com sete variedades {monoembriônicas: Soares Gouveia (SG), Amarelinha (AMA), Carlotinha (CAR) e Extrema (EXT); e poliembriônicas: Espada (ESP), Ubá (UBA) e Felipe (FEL)}, cultivadas em areia e irrigadas com solução nutritiva com quatro doses de NaCl (0, 20, 40 e 80 mmol L-1). Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados e com três repetições, com arranjo fatorial. Caracterizaram-se o crescimento, a composição mineral, as trocas gasosas e a fluorescência da clorofila das variedades de mangueira. De modo geral, observou-se, com o aumento das doses de cloreto de sódio, redução na altura do caule, no diâmetro do coleto, no número de folhas e no peso de matéria seca da parte aérea e das raízes, sendo as variedades UBA e CAR as mais afetadas, enquanto as variedades SG e ESP, as menas afetadas pela salinidade; as variedades AMA, EXT e FEL apresentaram comportamento intermediário. A relação raiz/parte aérea aumentou nas variedades UBA e CAR e diminuiu no SG com o incremento da salinidade. A concentração de sódio e cloreto aumentou em função das doses de cloreto de sódio, porém as variedades exibiram padrões diferenciados de comportamento nos diversos compartimentos das plantas; as sensíveis, como a UBA e FEL, alocaram grande quantidade de sódio na parte aérea. As variedades SG e AMA tiveram as menores concentrações de sódio nas folhas, enquanto as variedades sensíveis UBA e CAR apresentaram maior concentração de fósforo em todas as partes da planta com o aumento da concentração salina. Os teores de potássio, cálcio e magnésio foram pouco afetados pela elevação das doses de NaCl. A relação K/Na diminuiu, e a Cl/P aumentou com o incremento da concentração salina. Houve limitação estomática na fotossíntese, com redução na fotossíntese líquida, na taxa transpiratória e na condutância estomática com o aumento da salinidade, sendo essa diminuição acentuada na variedade UBA. A eficiência fotoquímica do fotossistema II, da variedade UBA, foi reduzida pela salinidade, enquanto nas demais variedades essa variável não foi afetada. A variedade UBA foi a mais sensível ao estresse salino e a SG, a mais tolerante, apresentando-se as demais tolerância intermediária.