Tolerância de genótipos de gergelim ao estresse salino.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9497 |
Resumo: | O gergelim (Sesamum indicum L.) é uma oleaginosa de relevante valor nutricional e potencial socioeconômico no Brasil, mas é considerado sensível à salinidade, fato que pode limitar sua exploração em áreas com problemas de salinidade ou ao ser irrigado com água de elevada concentração salina. Por essa razão é necessário identificar genótipos mais tolerantes e adotar práticas de manejo que possibilitem seu cultivo em regiões afetadas por sais ou sob irrigação com água de salinidade superior à limiar da cultura. Neste contexto, objetivou-se avaliar a tolerância de genótipos de gergelim ao estresse salino sob irrigação com águas salinizadas. A pesquisa constou de três experimentos para estudos da tolerância de genótipos em diferentes condições de manejo quanto à irrigação com água salina. O primeiro experimento consistiu de estudo com cinco níveis de salinidade da água de irrigação (0,6; 1,6; 2,6; 3,6 e 4,6 dS m-1 a 25 ºC) e seis genótipos de gergelim (BRS Seda, CNPA-G2, CNPA-G3, CNPA-G4, Branquinha e Pretinha) cedidos pela Embrapa Algodão, na emergência e no crescimento inicial das plântulas/plantas, até os 26 dias após a semeadura (DAS), avaliando-se variáveis de geminação de crescimento e de fitomassa. No segundo experimento foram estudados os mesmos níveis de salinidade da água, a partir do crescimento vegetativo (29 DAS) até a produção de grãos, em que se avaliaram variáveis de crescimento, parâmetros fisiológicos, variáveis de fitomassa e de produção de grãos. Finalmente, o terceiro experimento constou de um estudo de estresse salino nos mesmos genótipos diferenciando-se os manejos da salinidade (plantas sem estresse salino durante todo o experimento, ou seja, irrigadas com água do abastecimento – CEa = 0,6 dS m-1 a 25 ºC; plantas sob estresse salino na fase vegetativa, irrigando-se as plantas com água de CEa = 3,6 dS m-1 a 25 ºC, desde a fase vegetativa (11 DAS) até o florescimento; e, plantas sob estresse salino na fase de produção, irrigando-se as plantas com água de CEa = 3,6 dS m-1 a 25 ºC a partir do florescimento até o final do ciclo, avaliando-se, nesse caso, variáveis de crescimento de fitomassa e de produção). A salinidade da água não afetou a porcentagem de emergência, mas prejudicou a velocidade de emergência das plântulas, o crescimento inicial e a produção de fitomassa do gergelim, sendo que ‘CNPA-G2’ e ‘Branquinha’ foram os mais afetados pela salinidade, enquanto ‘BRS Seda’, ‘CNPA-G3’, ‘CNPA-G4’ e ‘Pretinha’ foram moderadamente tolerantes à salinidade da água de até 2,6 dS m-1 na fase inicial. Os parâmetros fisiológicos de fluorescência da clorofila a, trocas gasosas, variáveis de crescimento, componentes de produção e o teor de óleo das xvii sementes foram comprometidos pelo aumento da salinidade da água de irrigação. Com base na redução relativa da produção de sementes, as linhagens Pretinha, e Branquinha e a cultivar CNPA-G4 foram tolerantes à salinidade de 1,6 dS m-1 e moderadamente tolerantes sob irrigação com água de salinidade de 2,6 dS m-1, enquanto as cultivares BRS Seda e CNPA-G2 foram moderadamente tolerantes à salinidade de 1,6 dS m-1. Quanto ao estresse salino induzido em diferentes fases, a irrigação com água salina (3,6 dS m-1) na fase vegetativa foi prejudicial ao crescimento, ao desenvolvimento e à produção final do gergelim, sendo que a maior redução no teor de óleo das sementes ocorre quando as plantas são submetidas a estresse salino na fase de produção. |