Germinação e desenvolvimento inicial de porta-enxertos e enxertos de mangueira sob condições de salinidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: SILVA, José Maria da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10827
Resumo: O presente estudo foi conduzido em condições de casa de vegetação do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) em Campina Grande, durante o período de Janeiro a junho de 2001, com o objetivo de se estudar os efeitos da água de irrigação em diferentes variedades de mangueira (Mcmgifera indica L.) nas fases de germinação e de crescimento dos porta-enxertos e no desenvolvimento inicial da enxertia. Os tratamentos consistiram de seis níveis de condutividade elétrica de água de irrigação - CEa (0,7, 1,7, 2,7, 3,7, 4,7 e 5,7 dS m"1), testados em duas variedades de porta-enxertos de mangueira (Espada e Manguito). Foram utilizadas como enxertos as variedades comerciais Tommy Atkins e Keitt, por apresentar boa produtividade e aceitação no mercado de frutos "in natura". Como substrato foi usado casca de coco triturada e palha de arroz carbonizada. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 6x2, com quatro repetições e 13 plantas por repetição, totalizando 624 unidades. As águas de irrigação foram preparadas com NaCl. Nos porta-enxertos foram avaliados aos 30, 40, 60 e 90 dias apos a semeadura (DAS), as variáveis: dias para germinação, percentagem de plantas germinadas, índice de velocidade de germinação, índices de crescimento (numero de folhas, altura de planta, diâmetro do caule, área foliar, fitomassa verde da parte aérea, fitomassa seca da parte aérea, fitomassa seca das raízes e fitomassa seca total), e índices fisiológicos (taxa de crescimento absoluto, taxa de crescimento relativo, taxa de assimilação liquida, razão de área foliar, relação raiz parte aérea e teor de água na parte aérea da planta). Também foram avaliadas as variáveis numero de folhas, diâmetro do caule e altura das plantas aos 30 dias apos enxertia (DAE). A salinidade da água de irrigação afetou significativamente a percentagem de plantas germinadas, índice de velocidade de germinação e prolongou o período de germinação. O aumento da salinidade da água de irrigação reduziu significativamente o crescimento vegetativo (numero de folhas, altura de planta, diâmetro do caule, área foliar, fitomassa verde da parte aérea, fitomassa seca da parte aérea, fitomassa seca das raízes e fitomassa seca total), nos dois porta-enxertos. O porta-enxerto Espada apresentou-se mais tolerante a salinidade, em termos de percentagem de germinação, altura da planta e diâmetro do caule. O aumento da CEa influenciou significativamente na percentagem de pegamento dos enxertos, numero de folhas, altura da planta e diâmetro do caule, observando-se maior sobrevivência dos enxertos sobre o porta-enxerto Espada. A salinidade interferiu negativamente na absorção dos macronutrientes com excessão de fosforo e enxofre. O porta-enxerto Espada absorveu quantidades superiores de sódio, fosforo e enxofre e reduziu a absorção de cálcio e magnésio. Todos os micronutrientes tiveram sua absorção inibida pelo acumulo de sódio nas folhas de mangueira, sendo o Fe e Zn inferiores nas folhas da variedade Espada onde os limites de sódio foram superiores. As variáveis condutividade elétrica da água drenada (CEad), fração de lixiviação (FL), fator de concentração e consumo médio diário (CMD), foram influenciadas também com incremento da condutividade elétrica da água de irrigação, ocorrendo aumento na CEad e FL, enquanto que o FC teve uma relação inversa com a FL. O consumo de água foi reduzido com a elevação da CEa nos dois porta-enxertos de forma semelhante.