Espaçamento, genótipo, idade e a produção de biomassa em povoamentos de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Elerati, Tamiris Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/15298
Resumo: Os povoamentos florestais cobrem milhões de hectares a cada ano nas regiões tropicais, com a finalidade de suprir a demanda de madeira local e global, além de atuarem como sequestradores de carbono e oferecerem outros bens e serviços diretos e indiretos. O estado do Mato Grosso do Sul vem se destacando, devido ao acelerado crescimento no setor florestal. Buscando atender a demanda de madeira para energia e entender seu crescimento nessa região, essa pesquisa teve por objeto avaliar o efeito do espaçamento de plantio e da idade na produção de cinco clones de eucalipto, no município de Ribas do Rio Pardo, MT. Mudas dos clones 02, 04, 05, 07 e 24 foram plantadas em parcelas fixas, em espaçamentos de 3,0x1,0; 3,0x1,5 e 3,0x2,0 m, com 27 repetições para cada combinação clone x espaçamento. Cada parcela foi composta por cinco linhas, com dez plantas por linha. Foram realizadas medições aos 3,5; 4,5 e 6,0 anos de idade, do dap de todas as árvores e a altura de 22% do total do povoamento; aos 3,5 anos, foi realizada cubagem rigorosa e ajustadas equações para estimar altura e volume total. Aos 3,5 e aos 6,0 anos de idade foram realizadas análises para determinar a densidade básica do tronco (DBT) e aos 6,0, além da DBT, foi determinada densidade básica do lenho (DBL) e da casca (DBC), poder calorífico superior (PCS), inferior (PCI) e útil (PCU); teor de extrativos totais (ET), teor de lignina (TL) e teor de cinzas (CZ). Com esses dados foram estimados a massa seca e a quantidade de energia por hectare. Para verificação do efeito da idade e do espaçamento sobre as variáveis estudadas foi empregada análise de regressão. De acordo com os resultados, maior espaçamento resulta em maior altura e diâmetro médio para todos os clones avaliados neste estudo. Nos espaçamentos com maior número de plantas por hectare ocorrem maiores áreas basais, com exceção do clone 02. O crescimento em volume (com e sem casca), por hectare, em massa seca (com e sem casca, e de casca), por hectare e estoque de carbono por hectare apresentaram relação direta com a densidade de plantio, para os clones 04, 07 e 24. Para o clone 05 nos espaçamentos 3,0x1,5 e 3,0x2,0 m não houve diferença significativa e para o clone 02 o espaçamento não influenciou nenhuma dessas variáveis. O clone 24 apresentou menor produtividade em qualquer espaçamento avaliado. A idade técnica de corte ocorreu mais cedo nos espaçamentos reduzidos. A DBT tende a aumentar com o espaçamento e com a idade das árvores. Os clones 07 e 04 apresentaram os maiores valores de PCS, e o clone 05 os menores, em relação à média. O TL para todos os clones é baixo, considerando essa matéria- prima para a produção de carvão vegetal. O potencial energético tende a elevar-se com a redução do espaçamento de plantio. O espaçamento 3,0x2,0 m foi o mais indicado, considerando a quantidade de energia estocada por hectare e um dap mínimo comercial de 10 cm. Os clones 07, 04 e 05 são os mais indicados para produção de energia, por apresentarem melhor crescimento nos espaçamentos avaliados, desde que leve em conta o espaçamento indicado.