Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cândido, Welliton Lelis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28060
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Resumo: |
Os impactos das mudanças climáticas, causadas pelo consumo de combustíveis fósseis, têm incentivado esforços de diversos países do mundo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, através da substituição gradativa destes combustíveis por fontes renováveis de energia, especialmente a biomassa sólida. Nesse contexto, o uso de biomassa florestal para a produção de pellets é uma alternativa para a geração de energia, uma vez que, além de minimizar a dependência dos combustíveis fósseis, reduz a emissão de gases de efeito estufa. O Brasil, por suas características naturais, possui grande potencial como fonte de abastecimento, tendo em conta a dimensão e o volume de produção florestal, principalmente do gênero Eucalyptus. No entanto, o elevado teor de cloreto presente nesta biomassa florestal tem causado problemas à saúde humana, devido à formação de gases cancerígenos (dioxinas e furanos), e problemas econômicos como a corrosão e incrustação em sistemas metálicos, fatores que têm restringido a exportação de pellets. Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivo principal a redução do teor de cloreto na madeira de eucalipto destinada a produção de pellets, através da lavagem das partículas. Teve como objetivos específicos a determinação das propriedades químicas e o teor de cloreto, empregando- se os métodos do eletrodo seletivo de cloreto e cromatografia de íons para as diferentes partes da árvore, bem como para a madeira lavada. Também foram determinadas as propriedades químicas da madeira de cerne e alburno. Utilizaram-se árvores de um clone de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, aos 84 meses de idade, cultivadas em espaçamento 3 x 2 m, em plantio no município de Coimbra, Minas Gerais, sendo determinados o estoque de biomassa e as propriedades químicas da casca, galhos e folhas. A madeira foi cavaqueada, moída, classificada e lavada para a retirada de íons cloreto. A lavagem foi realizada com água deionizada por refluxo em soxhlet, utilizando-se uma relação água/madeira de 25, 50, 75 ou 100 L kg -1 . Após a lavagem determinaram-se as propriedades químicas da madeira, além do teor de cloreto, empregando-se os métodos do eletrodo seletivo de íons e cromatografia de íons. O poder calorífico da casca, galhos e folhas atendeu às exigências das normas ENplus (2015) e ISO18122, porém, o teor de cinza e de cloreto ficou acima do permitido por estas normas. Analisando os componentes do lenho separadamente, constatou-se que o alburno apresentou maiores valores de voláteis, cinzas e holoceluloses, enquanto maiores valores de poder calorífico, carbono fixo, lignina e extrativos totais foram observados para o cerne. De modo geral, a lavagem das partículas não afetou significativamente as propriedades energéticas da madeira. A lavagem das partículas com a menor relação água/madeira (25 L kg -1 ) foi suficiente para remover íons cloreto e atender às exigências das normas ENplus (2015) e ISO18122. |