Influência do consumo de castanhas brasileiras sobre o peso corporal, apetite, resposta glicêmica e marcadores inflamatórios em mulheres com excesso de peso
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Nutrição |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29673 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.099 |
Resumo: | O consumo de castanhas tem efeitos benéficos à saúde, quando incorporadas em uma alimentação saudável e balanceada. Contudo, o papel das castanhas no controle do peso, a saciedade, homeostase glicêmica e inflamação, especialmente das castanhas brasileiras (CB: Anacardium accidentale e Bertholetia excelsa) não está ainda estabelecido. Assim, o presente estudo avaliou os efeitos do consumo de 45 g de CB (15g de castanha-do-brasil + 30g de castanha de caju) sobre a perda de peso, apetite, resposta glicêmica e inflamação, em mulheres adultas com excesso de peso em risco cardiometabólico. Vinte e nove mulheres participaram de um ensaio clínico randomizado controlado aberto de oito semanas, para receber uma dieta com restrição calórica (-500 kcal/d) contendo CB ou uma dieta isenta de castanhas com mesma restrição (grupo controle). No início e no final do estudo, as participantes compareceram ao Laboratório de Metabolismo Energético e Composição Corporal da Universidade Federal de Viçosa (LAMECC/ UFV) pela manhã após jejum noturno (10- 12h) para avaliação do peso corporal e da composição corporal. Nesse momento, também foram avaliados os escores subjetivos de apetite pós-prandial pela escala visual analógica (EVA) antes e após o consumo (0, 10, 60, 120, 180 e 240 min.) de uma bebida contendo castanhas (grupo CB) ou isenta de castanhas (controle). Também foram avaliados o consumo de almoço ad libitum, EVA aos 280 min e registro alimentar nas 24 h subsequentes em ambiente livre. As concentrações plasmáticas de glicemia, insulina, grelina, GIP, GLP-1 e leptina foram dosadas em jejum e 60, 120 e 240 minutos após bebida teste. Os marcadores inflamatórios adiponectina, resistina, PAI-1, IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, IL-17A e TNF foram determinados em jejum e 240 min pós-prandial. Os valores de HOMA-IR, do índice de triglicerídeo-glicose (TyG), do cortisol, e da PCR em jejum também foram avaliados. Após oitos semanas de intervenção nutricional, as mulheres no grupo CB tiveram perda significante de peso,mas similar àquela do grupo controle. Contudo, nas participantes aderentes ao protocolo de restrição calórica (82%), foi observada uma maior perda de peso e de gordura corporal, em comparação ao grupo controle. Além disso, a grelina (ΔAUC) diminuiu no grupo CB em comparação ao grupo controle, após 8 semanas. Em relação a resposta inflamatória, o grupo controle apresentou aumento pós-prandial da citocina pró-inflamatória IL-6 e, possivelmente, como mecanismo de compensação, estimulou o aumento do hormônio anti-inflamatório cortisol. O consumo de CB, por sua vez, evitou o aumento pós-prandial da IL-6, sem alterar outros marcadores inflamatórios avaliados. Ainda, o consumo de CB não alterou as respostas de jejum ou pós-prandial relacionadas ao controle glicêmico. Como conclusão, o consumo de 45 g das CB (Anacardium accidentale e Bertholetia excelsa), associado a uma dieta com restrição calórica, apresentou efeitos benéficos no peso e na perda de gordura corporal, além de potencial para aumentar a saciedade e um efeito modesto sobre a inflamação. Ainda, o consumo agudo e crônico das castanhas brasileiras não foi capaz de alterar as respostas pós-prandiais glicêmicas e insulinêmicas, em mulheres com excesso de peso normoglicêmicas, em risco cardiometabólico. Palavras-chave: Apetite. Castanhas. Glicemia. Inflamação. Mulheres. Nutrição. |