Efeito do consumo de um mix de castanhas brasileiras sobre o metabolismo energético e composição corporal em mulheres com excesso de peso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Franco Estrada, Yuliana Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27793
Resumo: A promoção de dietas saudáveis com alimentos funcionais considera-se um dos principais focos para a prevenção ou controle da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A literatura atual sugere que o consumo de nuts pode aumentar a taxa metabólica em repouso (TMR), a termogênese induzida pela dieta (TID) e a oxidação de gordura, bem como melhorar a composição corporal. Contudo, ainda são escassos na literatura científica ensaios clínicos randomizados controlados que tenham avaliado o efeito do consumo de nuts sobre tais fatores. Nessa perspectiva, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do consumo agudo e crônico de um mix de nuts contendo castanhas de caju e castanha-do-brasil associado a uma dieta com restrição de calorias sobre o metabolismo energético e composição corporal em mulheres com excesso de peso, assim como realizar uma revisão sistemática e meta-análise de estudos clínicos que avaliaram esses efeitos. A presente proposta refere-se a um estudo clínico, randomizado, controlado, paralelo, com 37 mulheres com idade entre β0 e 55 anos, IMC ≥β7 kg/m2, que foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos: mix de nuts (MN, n=20) e controle (CT, n=17), para as avaliações da resposta aguda ao consumo de uma bebida teste. Depois de 8 semanas de intervenção, uma subamostra foi analisada (MN, n=11; CT, n=10). As participantes seguiram uma dieta com restrição de 500 kcal/dia. O grupo MN consumiu diariamente 15 g de castanha-do-brasil mais 30 g de castanha de caju, enquanto CT, teve uma dieta isenta de qualquer tipo de nuts. Ambas dietas foram isocalóricas, com distribuição semelhante de macronutrientes. Ao início do estudo (avaliação aguda) e após 8 semanas de intervenção (avaliação crônica), as participantes compareceram ao Laboratório de Metabolismo Energético e de Composição Corporal (LAMECC), após um jejum noturno de 10-12 horas, para consumir uma bebida de acordo com o grupo de alocação, MN ou CT. Nos períodos de jejum e pós-prandial (até 210 min), foram avaliadas a TMR, a TID e a oxidação de gordura e carboidrato. Para calcular a taxa de oxidação dos substratos, foi coletada a urina em jejum e pós-prandial. Além disso, foram feitas medidas antropométricas e de composição corporal. Para a meta-análise o método do inverso da variância e o modelo de efeito randômico foram utilizados. Em relação ao estudo clinico à resposta aguda ao consumo de uma bebida contendo um mix de castanhas brasileiras, resultou em maior oxidação de gordura pós-prandial comparado ao CT (p=0,048). Contudo, a TMR e TID foram semelhantes entre os grupos com ausência de efeito após 8 semanas de intervenção. O consumo crônico mostrou uma tendência maior na oxidação de gordura no grupo MN (p=0,060), após 8 semanas de intervenção. Esses resultados podem estar associados com as alterações positivas na composição corporal, uma vez que o grupo MN preservou a MLG e MM do tronco e nesse grupo houve uma perda significativa da massa de gordura total. Com base nos estudos analisados na meta-análise a ingestão de nuts apresenta ausência de efeito no aumento da TMR e QR. Em conclusão, o consumo de 45 gramas de um mix de nuts contendo castanhas brasileiras, associado a uma dieta com restrição de calorias, favorece a oxidação de gordura e melhora a composição corporal de mulheres com excesso de peso. Palavras-chave: Obesidade. Taxa metabólica de repouso. Termogênese induzida pela dieta. Oxidação de gordura. Perda de peso.