Influência do cobre na anatomia foliar e no crescimento de Joannesia princeps Vell. (Euphorbiaceae) associado a um inóculo micorrízico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rojas Vargas, Esneider
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30456
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.587
Resumo: A contaminação causada pelo rompimento da barragem de Fundão da Samarco Mineração em Mariana (MG), tornou-se um problema de interesse global, onde precisa-se buscar estratégias para reduzir a entrada de metais potencialmente tóxicos como o cobre (Cu 2+ ) na biota do solo e na cadeia alimentar. A fitorremediação do rejeito, através do uso de plantas nativas inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares (FMA), tem sido considerada uma estratégia interessante para melhorar os planos de revegetação e restauração de ecossistemas afetados pela extração mineral, devido à degradação de solos impactados pelos rejeitos da barragem em Mariana. Este trabalho teve como objetivo comparar as alterações morfoanatômicas das folhas, assim como variáveis de crescimento, conteúdo de nutrientes, teor de clorofilas, trocas gasosas e a correlação da acumulação de Cu 2+ na parte aérea frente aos parâmetros medidos, para compreender os mecanismos de tolerância associados a Joannesia princeps Vell. (Euphorbiaceae), na ausência e presença de inóculo de FMA, exposta a diferentes concentrações de CuSO 4 , (0, 2, 4 e 8 mM). Na anatomia foliar das plantas sem inóculo, ocorreu maior espessamento nas paredes celulares do parênquima paliçádico e redução dos espaços intercelulares do parênquima lacunoso. A histoquímica revelou reações positivas para os testes de lugol, cloreto férrico, vermelho de rutênio e calose no mesofilo, evidenciando maior densidade nos tratamentos das plantas sem inóculo expostas à maior concentração de CuSO 4 . Da mesma forma, J. princeps, mostrou menor aquisição de Ca, redução no crescimento da raiz e caule, assim como na condutância estomática (392 %), transpiração (318 %), taxa fotossintética (399 %) e eficiência instantânea de carboxilacão (606 %). Entretanto, as plantas inoculadas não evidenciaram alterações na anatomia foliar, e em contraste, foi encontrado um aumento na aquisição de Ca, crescimento e trocas gasosas, melhorando as respostas das mudas submetidas às altas concentrações de CuSO 4 . Os resultados do presente estudo permitiram concluir que J. princeps, sem inóculo, acumulou Cu 2+ principalmente na parte aérea, sem alterar o conteúdo de clorofilas e a eficiência no transporte de água, enquanto que, plantas com inóculo, acumularam Cu 2+ principalmente na raiz, reduzindo o fechamento estomático e melhorando a taxa fotossintética, assim como a eficiência instantânea da carboxilacão. Esses dados sugerem que o inóculo micorrízico associado a J. princeps, reduziu o impacto negativo causado pelas altas concentrações de Cu 2+ , sugerindo que, J. princeps pode ser potencialmente testada em projetos de fitorremediação de áreas contaminadas com altos teores de cobre. Palavras-chave: Rejeito do Fundão. Endomicorrizas. Anatomia foliar. Parâmetros fotossintéticos. Íons metálicos. Fitorremediação.