Absorção de cobre e potencial fitorremediador de Lantana Fucata (Verbenaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batista, Laura Spohr
Orientador(a): Santos, Marlei Veiga dos
Banca de defesa: Dartora, Nessana, Kunz, Simone Noremberg
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis
Departamento: Campus Cerro Largo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4181
Resumo: A fitorremediação é uma tecnologia que utiliza a capacidade de algumas plantas para absorver, acumular, metabolizar, volatilizar ou estabilizar contaminantes presentes no meio ambiente, dentre estes os metais. O cobre (Cu) é um micronutriente essencial para o crescimento e desenvolvimento das plantas, contudo altas concentrações deste metal podem ser extremamente tóxicas para a vegetação. A aplicação de fungicidas cúpricos para o manejo das doenças em diversos tipos de culturas aumenta os teores de Cu nos solos. Assim, a pesquisa teve como objetivo avaliar a tolerância, a absorção e o acúmulo de Cu pela planta nativa da flora brasileira, Lantana fucata, em solo com altos teores do metal. Sendo assim foram conduzidos experimentos em casa de vegetação com ciclos de cultivo de 100 dias. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, correspondendo a adições de Cu ao solo nas concentrações de 70, 140, 210, 280, 420, 630, 840 mg kg-1 e controle (sem adição). Os parâmetros avaliados pós-cultivo foram: fator de translocação (FT), fator de bioconcentração (FBC), taxa de extração do metal (TEM), índice de tolerância (IT), altura e massa seca. Com os resultados pode-se concluir que a Lantana fucata apresentou boa tolerância (IT > 100 %), em todos tratamentos, quando comparados com o tratamento 0 (IT=100 %). Também se mostrou eficiente na retenção desse metal, principalmente, nas raízes, obtendo-se FT <1 para ambos os experimentos e uma variação de FBC 0,73 a 7,41 para o experimento 1 e 0,18 a 4,68 para o experimento 2. A TEM apresentou variação média de 1,12 % e 3,88 % para o experimento 1 e 2, respectivamente, sendo menos efetiva no tratamento com a maior dose de Cu. Presumindo, assim, potenciais características fitorremediativas, através de um mecanismo de fitoestabilização, quando o solo apresentar contaminação de até 140 mg kg-1.