Cana-de-açúcar ensilada com óxido de cálcio, capim-elefante ou inoculante bacteriano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Cavali, Jucilene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5747
Resumo: O presente trabalho foi elaborado a partir de dois experimentos. No primeiro foram avaliados os efeitos da adição de óxido de cálcio (0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0% na matéria natural) sobre a composição química e as perdas de matéria seca em silagens de cana-de-açúcar, utilizando-se silos laboratoriais. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC), com cinco tratamentos (níveis de cal) e três repetições. Das variáveis, apenas lignina, proteína insolúvel em detergente ácido (PIDA) e carboidratos solúveis em água (CS) não foram influenciados pelos níveis de cal nas silagens. O teor de matéria seca (MS) e o pH aumentaram linearmente com a adição de níveis de cal. Já os teores de matéria orgânica, hemicelulose (HEM) e proteína bruta (PB) decresceram linearmente com os níveis de cal. Os teores de fibra em detergente neutro (FDN), FDN corrigida para cinzas e proteína (FDNcp) e fibra em detergente ácido (FDA) ajustaram-se a modelos quadráticos, estimando-se valores mínimos de 38,6; 33,3 e 22,5% para os níveis de 1,73; 1,73 e 1,49% de cal, respectivamente. A digestibilidade in vitro da MS (DIVMS) e o teor de nitrogênio amoniacal (N-NH3) ajustaram-se a modelos quadráticos, estimando-se valores máximos de 80,1 e 9,8% para os níveis de 1,8 e 0,77% de cal, respectivamente. Estimou-se produção mínima de gás de 3,18% para o nível de 1,39% de cal. A produção de efluente e a recuperação de MS (RMS) da massa ensilada decresceram e aumentaram linearmente com a adição de cal, respectivamente. Observou-se população mais elevada de bactérias ácidoláticas (BAL) na silagem tratada com 1,5% de cal, assim como menor população de mofos e leveduras. A adição da cal proporcionou valores de degradabilidade da fração solúvel da MS acima de 50%, além de menores valores para a fração indegradável da FDN. A adição de 1,5% de cal à cana por ocasião da ensilagem resulta em maior RMS da massa ensilada, bem como em maior população de BAL e menor quantidade de leveduras, indicando boa fermentação. No segundo experimento, foram avaliados os efeitos da adição de níveis de capim-elefante (0; 25; 50; 75 e 100% na matéria natural) sobre a composição química e as perdas em silagens de cana-de-açúcar, tratadas com inoculante bacteriano. Adotou-se um esquema fatorial 2 x 5 (com e sem inoculante e cinco níveis de capim), em DIC, com três repetições. Observou-se efeito de níveis de capim-elefante (CE) e inoculante para PIDA, e da interação entre estes, para PB e pH. As demais variáveis foram influenciadas apenas pelos níveis de CE. Os teores de MS, FDN, FDNcp, FDA, HEM e lignina nas silagens aumentaram linearmente com a adição dos níveis crescentes de CE. Por sua vez, o teor de CS e a DIVMS das silagens decresceram linearmente com o incremento de CE. Em relação aos valores de proteína insolúvel em detergente neutro e N-NH3, nenhuma equação de regressão ajustou-se aos dados, registrando-se valores médios de 36,3 e 7,0% na MS, respectivamente. Os valores de PB das silagens inoculadas e não-inoculadas ajustaram-se a modelos lineares, crescentes e decrescentes, respectivamente. Observou-se maior teor de PB nas silagens tratadas com inoculante. Os valores de pH das silagens inoculadas e não-inoculadas ajustaram-se a modelos quadráticos e lineares, respectivamente. Os teores de ácido lático, propiônico e butírico não foram influenciados pelos níveis de CE, enquanto que os teores de ácido acético para as silagens não-inoculadas, e de etanol decresceram linearmente com o aumento de CE. As perdas por gases e efluentes decresceram linearmente com o incremento de níveis de CE. O CE não serve como aditivo para a silagem de cana-de-açúcar, porém a adição de 25% de cana-de-açúcar ao CE, por ocasião da ensilagem, promove melhoria no valor nutricional e maior RMS ensilada em decorrência das mais baixas produções de efluentes e gases. O inoculante bacteriano não teve efeito na silagem de cana-de-açúcar.