Composição química, perfil fermentativo e populações microbianas em silagem de cana-de-açúcar tratada com inoculantes bacterianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moraes, Rodrigo Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7182
Resumo: O objetivo desse experimento foi avaliar a composição química, a população de microrganismos, o perfil fermentativo e a recuperação de matéria seca. A cana-de-açúcar foi submetida aos seguintes tratamentos antes da ensilagem: cana-de-açúcar sem inoculante (Controle); cana-de-açúcar com Lactobacillus buchneri (LB); cana-de-açúcar com Propionibacterium acidipropionici (PA); cana-de-açúcar com Propionibacterium acidipropionici e Lactobacillus plantarum (PALP); cana-de-açúcar com Lactobacillus buchneri e Propionibacterium acidipropionici (LBPA); cana-de-açúcar com Lactobacillus buchneri, Propionibacterium acidipropionici e Lactobacillus plantarum (LBPALP). Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e três repetições, totalizando 18 unidades experimentais. A cana-de-açúcar foi picada e ensilada em baldes de 20 kg, contendo válvulas de Bunsen, os quais foram abertos 90 dias após a ensilagem. Verificou-se que apenas o tratamento com L. buchneri proporcionou teor de MS semelhante ao da silagem controle (23,2%), que foi reduzido pelos demais tratamentos. Todos os tratamentos resultaram em teores de PB e NIDA/N-Total semelhantes aos da silagem controle, que foram 4,1% e 9,3%, respectivamente, e não afetaram os teores de fibra, cujas médias foram 61,4% de FDN e 38,6% de FDA. Não houve efeito de inoculante sobre a produção de efluente, cuja média foi 104,31 kg/t MN. Os tratamentos com PALP e LBPALP resultaram em menor recuperação de matéria seca que a silagem controle. Os teores de amônia e o pH foram incrementados pelos tratamentos com LBPA e LBPALP em relação à silagem controle (9,6% de amônia e pH de 3,28). Não houve diferença entre os tratamentos para as populações de bactérias do ácido lático e leveduras, cujos valores médios foram 9,06 e 4,27 log ufc/g, respectivamente. Foi observada maior população de mofos na silagem controle (2,88 log ufc/g), em relação a todas as silagens, porém, foi semelhante à tratada com LBPA. Foi verificado maior teor de ácido lático na silagem LBPALP em relação a controle (2,24%), que não diferiu das demais. Menor teor de ácido acético foi verificado na silagem controle (1,85%), que não diferiu da tratada com LB, sendo maiores valores obtidos com LBPA e LBPALP. Não verificou-se diferença para os teores de ácido butírico entre os tratamentos, cuja média foi 0,01%. A silagem com LBPA apresentou maior teor de etanol (6,15%) em relação à silagem controle e com PA e não diferiu das demais. Assim, conclui-se que os inoculantes e suas misturas não proporcionam resultados promissores em relação à composição química, perfil de fermentação e recuperação de matéria seca da silagem de cana- de-açúcar.