Under the eye of dytopia: locais de trauma e memória como demarcadores do lugar da mulher em O Conto da Aia e Os Testamentos de Margaret Atwood

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Castro, Tainá Dias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/32751
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.214
Resumo: A presente pesquisa tem como objeto de estudo a obra O Conto da Aia (1985) e Os Testamentos (2019) de Margaret Atwood. Isso posto, em um primeiro momento o trabalho visa uma discussão acerca das teorias das narrativas literárias, especialmente as que tangem os estudos das distopias críticas, seguindo para a análise de narrativas e foco narrativo, aspectos memorialísticos, da subalternidade e do reconhecimento nas personagens centrais das obras. Para isso, pretende-se investigar, por meio da teoria literária, como estas personagens veem sua identidade e posição social no atual contexto em que se encontram. Além disso, pretende-se estudar não só as implicações de como a implementação de um regime totalitário, característica de obras distópicas, afetam as memórias narrativas, bem como a forma como as protagonistas narram suas histórias, de forma oral ou escrita. Ainda nessa seara de teorias de memória, se tenciona analisar os monumentos de trauma e locais aos quais as personagens são expostas, tais como a estátua de Tia Lydia e o Muro. Além dos locais físicos, há ainda os simbólicos que delimitam a subalternidade e o reconhecimento das mulheres de Gilead, especialmente as aias. Nesse diapasão, Margaret Atwood em seus romances distópicos, O Conto da Aia (1985) e Os Testamentos (2019), traz à baila as proibições impostas às mulheres através da sua recriação de um estado autocrático, Gilead, no qual o acesso à educação, a escrita e a leitura estão entre os pontos ilustrados como limitações impostas aos sujeitos femininos. Como metodologia para este estudo utilizamos um arcabouço teórico pautado no estudo da teoria da literatura, literatura distópica, tais como Tom Moylan e Raffaela Baccolini (2003) e Ildney Cavalcanti (2003-2007), estudos da narrativa e memória, como os do professor Márcio Selligman-Silva (2003) e da estudiosa Jeanne Marie Gagnebin (2006), crítica literária feminista, estudos de gênero para auxiliar na investigação dos estudos de subalternidade de Gayatri Spivak (2014) e os de reconhecimento de Nancy Fraser (2006). Assim, esse trabalho visa mapear como o trauma e a memória narrativa delimitam o lugar da mulher em O Conto da Aia (1985) e Os Testamentos (2019) promovendo a voz, mesmo que subjetivamente, dos sujeitos femininos. Palavras-chave: Margaret Atwood. O Conto da Aia. Os Testamentos. Distopias críticas. Narrativa. Memória. Locais de trauma.