Desrama artificial em clones de Eucalyptus grandis x E. urophylla com diferentes arquiteturas de copa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Almeida, Moacir Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9253
Resumo: O presente estudo avaliou a intervenção de desrama artificial em povoa- mentos de três clones de Eucalyptus grandis x E. urophylla, com diferentes arquiteturas de copa, denominados como 1265, 1288 e 1270, na área da CAF/Santa Bárbara Ltda., em Alcobaça, Bahia. Foram estabelecidos três experimentos, seguindo o delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Os tratamentos de desrama aplicados às plantas variaram em intensidade (altura de desrama), freqüência (número de intervenções) e idades (época de realização da primeira intervenção de desrama). Foram avaliados os seguintes parâmetros por ocasião de cada intervenção de desrama e seis meses após a última intervenção: diâmetro a 1,30 m de altura (DAP), altura total, volume das árvores, radiação fotossiteticamente ativa (RFA) e índice de área foliar (IAF) medidos à 0,5 m de altura do solo, arquitetura de copa, acúmulo de matéria orgânica e coeficiente de extinção. Os resultados da arqui- tetura de copa evidenciaram a variação entre os clones na distribuição de biomassa de galhos e folhas ao longo do fuste. Por exemplo, até 3 m de altura das plantas, aos 16 (clone 1265) e 14 (clones 1288 e 1270) meses de idade, estes clones apresentaram, 17,4; 48,3 e 32,7% de área foliar total, respecti- vamente. Até 6 m de altura das plantas, aos 22 (clone 1265) e 20 (clones 1288 e 1270) meses de idade essa proporção foi de 13,4; 20,9 e 29,3%, respec- tivamente. A projeção de copa das plantas indicou fechamento de dossel nos povoamentos estudados antes de 22 meses de idade, indicando que a primeira intervenção de desrama artificial deva ser realizada antes desta idade para estes clones, evitando-se formação de grande quantidade de galhos mortos. A aplicação de desrama em idades mais jovens promoveu redução do IAF e aumento da transmissividade da RFA, enquanto em idades mais avançadas mantiveram-se inalterados. Não foram verificadas diferenças estatísticas signifi- cativas entre tratamentos de desrama para altura, DAP e volume das plantas, para os clones 1265 e 1288, enquanto para o clone 1270, houve diferença estatística significativa apenas para a altura, 19 meses após a primeira inter- venção de desrama. O reduzido efeito da desrama sobre o crescimento destes clones pode estar associado a remoção relativamente baixa de área foliar bem como da capacidade de recuperação de sua copa. A remoção máxima (48,3%) de área foliar foi para o clone 1288, aos 14 meses de idade. Há, porém, neces- sidade de se avaliar o crescimento das plantas, em idades mais avançadas, uma vez que os efeitos da desrama podem surgir até dois anos após a última intervenção. Foi observado, aos 19 meses após a primeira intervenção de desrama, efeito benéfico sobre a produção de madeira limpa, isenta de nós, que constitui-se num parâmetro de qualidade da madeira para uso em serraria. Os resultados desse trabalho indicam a necessidade de definir a intesidade de desrama artificial, em povoamentos de Eucalyptus, com base no percentual de área foliar a ser removido, devendo este ser inferior a 40%.