Efeito da desrama artificial no crescimento e na qualidade da madeira de Eucalyptus grandis para serraria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Pires, Bernardo Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11170
Resumo: Foram avaliados o crescimento, as relações hídricas e a qualidade da madeira de plantas de Eucalyptus grandis submetidas a diferentes intensidades de desrama da copa viva (0%, 12,5%, 25%, 50% e 75%) aos 11 meses de idade, na região de Dionísio, MG. A altura total e o diâmetro a 1,30 m de altura (DAP) foram determinados aos 11, 20, 33, 55, 81 e 92 meses de idade. Foram ajustadas equações de regressão em função da idade para o crescimento em diâmetro, altura e incremento volumétrico. O potencial hídrico, condutância estomática, transpiração, área foliar, temperatura da folha e radiação fotossinteticamente ativa foram avaliados em quatro estratos da copa, por ocasião da aplicação da desrama. A qualidade da madeira foi avaliada aos 92 meses, sendo que, para as toras, foram estudados os defeitos de crescimento (conicidade, encurvamento e achatamento) e fendas e, na madeira serrada (tábuas), os defeitos de crescimento, nodosidades, corte limpo, fendas e bolsas de resina. O crescimento em diâmetro, altura e volume foram maiores para o controle, associando-se inversamente com a intensidade de desrama, tendo sido observada redução de 26,76% para diâmetro, 28,09% para altura e 45,16% para volume, aos 92 meses, quando se comparou o controle com a desrama de 75% da copa viva da planta. A área foliar e a perda de água por transpiração na metade da copa viva para baixo correspondeu a aproximadamente 80% do total, indicando que a maior perda de água ocorre na base da copa da árvore. Desta forma, a eliminação parcial de galhos da base da copa das árvores pode favorecer a sobrevivência das plantas em regiões de défice hídrico. A qualidade da madeira foi avaliada antes (toras) e após o desdobro (tábuas). Não houve defeitos significativos de crescimento nas toras e tábuas, de acordo com a norma brasileira de classificação de madeira serrada, porém, houve tendência de redução da conicidade das toras com o aumento da intensidade de desrama. O número de fendas nas toras decresceu com o aumento da intensidade de desrama da copa (3,67 fendas no controle e 2,13 fendas nas toras com desrama de 75%) enquanto não foi observada diferença significativa entre o número de fendas na base e topo da tora. A desrama foi eficiente para a redução de nós vivos e mortos nas tábuas; o corte limpo também aumentou substancialmente com a intensidade da desrama (65,14 cm para o controle e 165,50 cm para a desrama de 75%). As fendas, as bolsas de resina e o encurvamento das tábuas reduziram com a intensidade da desrama, ao passo que o arqueamento não foi afetado.