Chave de identificação dendrológica e síndromes de dispersão de uma área de cerrado sensu stricto, Gurupi, Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cândido, Jacqueline Bonfim e
Orientador(a): Souza, Priscila Bezerra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Gurupi
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais - PPGCFA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/420
Resumo: O Tocantins é um dos Estados brasileiros com maior área coberta pelo bioma Cerrado, cerca de 72% de cobertura com vegetação nativa. Entretanto estudos com chave de identificação dendrológica e o comportamento fenológico aliado ao conhecimento das espécies ameaçadas de extinção da flora arbustivo-arbórea do Cerrado, no Estado do Tocantins, ainda são escassos ou incipientes, promovendo assim uma lacuna de informações técnicas e científicas. Portanto, esta pesquisa visa respaldar o estabelecimento de prioridades para futuras estratégias de conservação e planos de manejo de espécies botânicas do Cerrado. Diante do contexto, objetivou-se elaborar uma chave dicotômica, baseada em caracteres vegetativos das espécies arbustivo-arbórea, além de confrontar com as listas oficiais de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e diagnosticar as síndromes de dispersão dos diásporos de uma área de Cerrado sensu stricto em Gurupi – TO. Foram alocadas, sistematicamente, cinco parcelas permanentes de 20×50m, ou seja, 1000 m² cada, sendo as mesmas distanciadas 10 m entre si. Amostrou-se todos os indivíduos arbustivo-arbóreos, com circunferência a 1,30 m do solo (CAP) maior ou igual a 10 cm. Os materiais botânicos das espécies, quando necessário, foram herborizados seguindo as técnicas convencionais. As espécies amostradas foram classificadas quanto à síndrome de dispersão e ao risco de extinção, informações encontradas em literatura especializada. Para a elaboração da chave de identificação, foi realizada uma seleção dentre as 106 espécies amostradas, considerando-se apenas as espécies que possuíam densidade absoluta maior ou igual a 5 indivíduos na área. Desta forma, foram selecionadas 54 espécies. Cabe ressaltar que essa seleção das espécies teve como objetivo incluir apenas as espécies de maior recorrência no cerrado sensu stricto com finalidade de viabilizar a funcionalidade da chave. Foram amostradas um total de 106 espécies, incluídas em 82 gêneros, pertencentes a 43 famílias, sendo que 61% são zoocóricas, 31% anemocóricas e 8% autocóricas. Quanto ao risco de extinção, 24 estão categorizadas sob algum grau de risco, conforme estabelece a lista vermelha do CNCFlora, 20 espécies são Menos preocupante, uma espécie Quase ameaçada e uma outra espécie classificada como Dados insuficientes. Segundo a lista do IUCN, uma espécie está classificada como Vulnerável. A chave de identificação baseada em caracteres vegetativos foi composta por 54 espécies arbustivo-arbóreas de eudicotiledôneas e angiospermas basais, distribuídas em 47 gêneros, incluídos em 26 famílias botânicas. A confecção da chave de identificação dendrológica monstrou-se uma ferramenta funcional, ou seja, permitiu uma rápida e fácil identificação das espécies vegetais amostradas.