Caprinos na dispersão e germinação de sementes de leguminosas forrageiras tropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barbosa, Renata Harumi Takamine lattes
Orientador(a): Fonseca, Carlos Elysio Moreira da lattes
Banca de defesa: Camargo Filho, Sergio Trabali, Macedo, Robert de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14881
Resumo: Este estudo foi conduzido com o objetivo de estudar a dispersão e a germinação de sementes de leguminosas após a passagem através do trato digestivo de caprinos. O primeiro experimento foi realizado com o objetivo de avaliar dois métodos para escarificação de sementes e determinar quais espécies apresentava maiores percentagem de sementes germinadas. As espécies leguminosas utilizadas foram: Pueraria phaseoloides Benth (kudzú tropical), Clitorea ternatea (cunhã), uma mistura de sementes composta por Stylosanthes capitata e Stylosanthes macrocephala. (estilosantes cv. Campo Grande), Macroptilium atropurpureum cv. Siratro (Siratro) e Flemingia macrophylla (Willd.) Merrill (flemingea). O delineamento experimental empregado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x3 (cinco espécies, três tratamentos) com cinco repetições. Os tratamentos foram: escarificação em ácido sulfúrico, passagem pelo trato gastrintestinal de caprinos e controle, que foi caracterizado pela ausência de escarificação das sementes. Obteve-se o efeito da passagem pelo trato digestivo com um caprino por repetição. Cada caprino recebeu 200 sementes de somente uma espécie administradas junto ao concentrado. A coleta total de fezes foi realizada em intervalos de 12 horas. Todas as sementes foram recuperadas, contadas e submetidas a teste de germinação em laboratório, assim como as sementes que sofreram escarificação química e controle. O maior percentual de sementes recuperadas foi da espécie P. phaseoloides (48,3% do total de 1000 sementes), seguida das espécies F. macrophylla (42,5%) e M. atropurpureum (31,8%). O período, em que as fezes foram excretadas, que apresentou maior percentual de sementes foi de 24 a 60 horas. As espécies F. macrophylla (65%) e P. phaseoloides (53%) apresentaram percentual de sementes germinadas superior às demais espécies após a passagem pelo trato digestivo dos caprinos. O segundo experimento foi conduzido em uma área de pastagem já estabelecida com Brachiaria humidicola dividida em 20 piquetes. O delineamento experimental empregado foi em blocos casualizados, com sementes de quatro espécies de leguminosas (tratamentos) e cinco repetições (piquetes), com dois animais cada. Os tratamentos foram representados pelas sementes das leguminosas Flemingia macrophylla (flemingia), Pueraria phaseoloides Benth (kudzú tropical), Clitorea ternatea (cunhã) e Macrotiloma axillare (macrotiloma). O período de avaliações teve início após a saída dos animais dos piquetes. Foram realizadas quatro avaliações aos 30, 60, 90 e 120 dias após a dispersão das sementes em cada um dos piquetes. As espécies Macrotiloma axillare e Flemingia macrophylla apresentaram o melhor resultado quanto ao número de plântulas presentes nos piquetes, o que demonstra o potencial de introdução destas leguminosas como método de disseminação de sementes em pastagens já estabelecidas. Os resultados deste estudo evidenciaram o potencial da utilização de caprinos como escarificadores de sementes de algumas leguminosas e podendo ser usados como dispersores para a recuperação de pastagens degradadas e consórcio no Brasil. Contudo, mais estudos devem ser conduzidos a campo para que esta técnica seja aprimorada.