Planos da cidade - Geografias do cinema de Palmas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Sérgio Ricardo Soares Farias
Orientador(a): Penafria, Manuela Maria Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade da Beira Interior
Covilhã
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Portugal
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1246
Resumo: Desde o início da sua história, o cinema mantém uma relação intricada com as cidades. Territorialidades, paisagens e percursos urbanos coexistem tanto nos lugares “reais” como nas telas, o que nos conduz à perspectiva das Geografias de Cinema, campo no qual este trabalho se inscreve. Já não se trata apenas de questionar sobre as representações que a urbe recebe nos filmes, mas de investigar como os lugares imaginados por cineastas repercutem na identidade cultural dos lugares, ou seja, qual a capacidade do cinema em gerar experiência territorial. Para esta reflexão, o foco recai sobre as especificidades de Palmas, capital do estado brasileiro do Tocantins, e do audiovisual que lá se tem produzido. Por um lado, temos uma cidade nova, construída ex nihilo como índice de modernidade, marcada pelo personalismo político e com uma narrativa impregnada de oficialismo e muito arraigada midiaticamente. Por outro, encontramos um pequeno cinema, em condição periférica, com poucos recursos para produção e circulação. No confronto entre estas realidades, busca-se entender se os realizadores locais preservam suficiente independência para sonhar uma Palmas e debater uma história e uma identidade distintas daquelas predominantes, por exemplo, na imprensa hegemônica. Ainda que precise recorrer ao contexto urbanístico, político e cultural da cidade, a argumentação promovida parte fundamentalmente dos filmes. Para tanto, realiza-se a análise fílmica de onze obras diversas, tanto em termos de formato e gênero quanto em condições e época de produção. Recorre-se também a entrevistas com alguns dos cineastas estudados, o que resulta em material de fonte primária a auxiliar nas análises. Estas ações visam contribuir para uma historiografia ainda muito escassa do audiovisual local, de forma a lhe dar visibilidade e, portanto, existência na cartografia cinematográfica brasileira.