Dois diferentes protocolos de pré-condicionamento isquêmico para membros inferiores e suas respostas no desempenho do exercício resistido
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/826 |
Resumo: | O pré-condicionamento isquêmico, do termo em inglês ischemic preconditioning (IPC), caracteriza-se pela realização de manobra restritiva do fluxo sanguíneo no membro por curtos períodos de tempo, seguidos de consecutiva reperfusão. De aplicação simples e prática, esta técnica tem despertado interesse no contexto esportivo, cogitado como uma possível estratégia ergogênica moderna aplicável no momento que antecede o início do exercício. Atualmente seus resultados ainda se mostram controversos, com uma não conformidade em diversas questões metodológicas e indícios de indução de efeito placebo aos avaliados. Testado sob condições predominantemente aeróbias e anaeróbias, pouco se tem estudado sobre seus possíveis efeitos no exercício resistido (ER), sendo ciclismo e corrida dominantes neste sentido. Visto isso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de dois diferentes protocolos de IPC sobre o desempenho de exercícios resistidos em adultos jovens recreacionalmente treinados. A amostra foi composta por 30 homens jovens com experiência mínima de um ano com ER e envolvidos em treinos regulares ao menos três dias por semana. Para este estudo dois diferentes protocolos experimentais foram realizados com intuito de avaliar: 1) o efeito de uma aplicação de 5 dias consecutivos de IPC no ER e 2) o efeito de uma aplicação aguda simultânea de IPC e PLACEBO no ER. Para ambos os protocolos foram realizados teste e reteste de 1RM, teste isométrico e três séries máximas de extensão unilateral de pernas com uma carga predeterminada de 75% do 1RM, após três ciclos de oclusão e reperfusão do fluxo sanguíneo (IPC, PLACEBO ou Controle, quando apropriado). Também foram avaliados índice de fadiga, carga total de trabalho e escalas subjetivas. As sessões de IPC consistiram-se de 3 ciclos de 5 minutos de oclusão sanguínea a uma pressão de 50 mmHg acima da pressão arterial sistólica alternados com 5 minutos de reperfusão a uma pressão de 0 mmHg. As sessões de PLACEBO consistiram-se de 3 ciclos de 5 minutos de administração do manguito a 20 mmHg alternados com 5 minutos de reperfusão a uma pressão de 0 mmHg. Ambos as condições experimentais totalizaram 30 minutos de intervenção. Para a condição Controle, os voluntários permaneceram deitados em posição supina, sem nenhum contato com o manguito, também durante 30 minutos. Os resultados demonstraram que o número de repetições aumentou significativamente para as condições IPC (aproximadamente entre 5 e 8 repetições) e PLACEBO (aproximadamente entre 7 e 8 repetições), quando comparados a sua condição basal. De maneira semelhante, a carga total de trabalho demonstrou diferenças significativas apenas para o grupo IPC (p=0,0274) e PLACEBO (p=0,0052) para o delta do primeiro dia de avaliações vs CON. Por fim, ambos força isométrica e índice de fadiga mostraram-se similares para as condições experimentais. Em conclusão, de acordo com os resultados do presente estudo, a aplicação de IPC não promove efeitos ergogênicos superiores a condição PLACEBO no ER em indivíduos recreacionalmente treinados. |