Efeitos de um protocolo de pré-condicionamento isquêmico em parâmetros de força máxima, resistência de força e ativação muscular de membros superiores em sujeitos saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, William dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-08102024-143202/
Resumo: No presente estudo, investigou-se os efeitos do pré-condicionamento isquêmico (PCI) em parâmetros fisiológicos, ativação muscular, força máxima e resistência muscular, visando avaliar seu potencial como auxílio ergogênico para o aprimoramento do desempenho físico. Treze participantes saudáveis do sexo masculino, com idades 23,85 (±2,76) anos, massa corporal de 88,64 (±14,56) quilos e experiência em treinamento resistido, foram submetidos a quatro condições experimentais: exercício isocinético a 60° por segundo com e sem PCI, e a 180° por segundo com e sem PCI. As variáveis analisadas incluíram frequência cardíaca, níveis de oxigênio e óxido nítrico (NO) sanguíneo, parâmetros de força muscular no dinamômetro isocinético. Adicionalmente, foram avaliados os registros de eletromiografia de superfície (com análise do root mean square -RMS- e frequência mediana -FMD-) e a concentração de lactato sanguíneo. O protocolo de PCI foi composto por 3 séries de 5 minutos de oclusão com uma pressão de 220 mmHg intercaladas com 5 minutos de reperfusão. Os dados foram tratados por meio do software estatístico New Instat. Foram utilizados o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, teste t pareado para os dados referentes aos parâmetros isocinéticos, eletromiográficos e de óxido nítrico, já para os resultados de frequência cardíaca e de lactato sanguíneo, utilizou-se de ANOVA modelos mistos com pós teste de Tukey. Os resultados desta investigação destacam, primeiramente, um impacto significativo na frequência cardíaca e oximetria durante a execução dos exercícios, indicando uma possível modulação na resposta cardiovascular ao esforço físico, além disso, o PCI foi eficaz para o aumento do trabalho total na velocidade de 180° por segundo, ou seja, induziu maior tempo sob tensão nessa condição para os participantes deste protocolo experimental. Contudo, a avaliação da concentração de óxido nítrico não se alterou nas condições controle e intervenção, assim como não evidenciou uma influência do PCI na força máxima e atividade elétrica dos músculos em participantes treinados. Em relação à concentração de lactato sanguíneo, não foram observadas disparidades entre os grupos em momentos distintos; entretanto, constatou-se um efeito do exercício na elevação desse metabólito nos períodos pós-séries para ambos os grupos. Esses resultados são significativos no âmbito da educação física e do esporte, destacando o impacto positivo do PCI na resistência muscular, particularmente no exercício de flexão de cotovelo. No entanto, é importante notar que o PCI não demonstrou efeitos substanciais sobre a força máxima, o que corrobora e aprofunda a discussão existente na literatura científica sobre essa temática.