Desempenho físico de membros inferiores, força de preensão manual e suas influências sobre a qualidade de vida e a mortalidade de idosos: um estudo longitudinal
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1150 |
Resumo: | O desempenho físico de membros inferiores (MMII) e a força de preensão manual (FPM) são variáveis de aptidão física, fundamentais para as atividades cotidianas, que podem evidenciar a saúde geral entre os idosos. O objetivo geral do presente estudo foi analisar o desempenho físico de MMII e a FPM, ao longo do seguimento, e suas influências sobre a qualidade de vida e a mortalidade de idosos da comunidade. Estudo quantitativo, do tipo inquérito domiciliar, longitudinal, realizado em 2014 e 2017/2018, com 322 idosos residentes em um município do interior de Minas Gerais. Utilizaram-se os instrumentos: Mini Exame do Estado Mental; questionário de caracterização sociodemográfica, econômica, clínica e de dados antropométricos; International Physical Activity Questionnair; Short Physical Performance Battery; dinamometria; World Health Organization Quality of Life-bref e World Health Organization Quality of Life-olders e, data do óbito. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e os testes T; correlação de Pearson; risco relativo; modelo de regressão linear múltipla; método de Kaplan-Meier e regressão de Cox (p≤0,05). Os projetos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Após o seguimento houve piora no percentual do desempenho físico de MMII passando de moderado (39,8%) e bom (39,8%), em 2014, para moderado (37,6%) em 2017/2018 e, a FPM nos dois momentos prevaleceu adequada (83,5%; 73,1%), entretanto, observou-se diminuição neste percentual. Verificaram-se mudanças nos escores do desempenho físico de MMII, com redução na média total (p<0,001) e nos testes de velocidade de marcha (p=0,003) e levantar-se da cadeira (p<0,001), o que evidencia piora dessa variável ao longo do tempo, assim como da FPM, com diminuição do valor médio da força (p<0,001), após 4 anos. Os preditores de pior desempenho físico de MMII foram: ter 80 anos ou mais (p<0,001); sem companheiro(a) (p=0,032); renda ≤ 1 salário mínimo (SM) (p=0,001) e inatividade física (p<0,001). Em relação à FPM, apresentaram-na pior aqueles do sexo feminino (p<0,001); com 80 anos ou mais (p<0,001); sem companheiro(a) (p=0,003); com renda ≤ 1 SM (p=0,030) e IMC inadequado (p=0,020). O pior desempenho físico de MMII foi preditor de menores escores de qualidade de vida (QV) nos domínios: físico (p<0,001) e relações sociais (p=0,012); e nas facetas: autonomia (p=0,001); atividades passadas, presentes e futuras (p=0,005) e participação social (p<0,001); e, a pior FPM no domínio físico (p=0,009). O desempenho físico de MMII (HR:0,84; IC:0,77-0,93) e a FPM (HR:0,97; IC:0,94-0,99) foram preditoras para a mortalidade entre idosos. Identificou-se que a cada acréscimo unitário nos escores do desempenho físico de MMII e da FPM reduzia-se em 16% e 3%, respectivamente, a probabilidade de óbito nos idosos. O desempenho físico de MMII e a FPM sofreram redução, após o seguimento e, quanto menores, influenciaram na pior QV e na maior probabilidade de óbito entre idosos. |