Prevalência e preditores da síndrome de fragilidade: um estudo longitudinal
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/997 |
Resumo: | Os objetivos desse estudo foram: descrever as características sociodemográficas, clínicas, de saúde e capacidade funcional dos idosos; calcular a prevalência de fragilidade e descrever suas mudanças; verificar as variáveis preditoras das condições de fragilidade e dos componentes do fenótipo de fragilidade (FF) após quatro anos de alta hospitalar; verificar o comprometimento dos componentes do FF como preditores das condições de fragilidade no follow-up; avaliar a condição de fragilidade como preditora de aumento das readmissões e as readmissões como preditor da condição de fragilidade; determinar a associação entre fragilidade e mortalidade; e componentes do FF e mortalidade; e avaliar a condição de fragilidade como preditora de qualidade de vida no follow-up. Estudo longitudinal, com 99 idosos que completaram o seguimento de quatro anos. Foram utilizados: formulário para caracterização dos dados sociodemográficos, econômicos e de saúde; Mini Exame do Estado Mental; Escalas (Depressão Geriátrica Abreviada, Katz, Lawton e Brody); World Health Organization Quality of Life – Bref, World Health Organization Quality of Life Assessment for Older Adults e FF. Procedeu-se à análise descritiva, testes Qui-quadrado, Cochrane; McNemar; ANOVA; e modelos de regressão logística binária, múltipla, linear, de Cox multivariada (p<0,05); e Kaplan-Meier. Identificou-se maior prevalência de idosos préfrágeis, seguido de não frágeis e frágeis durante os seguimentos. Após quatro anos de alta observou-se aumento de idosos frágeis; e diminuição de pré-frágeis e não frágeis. Independente do seguimento verificou-se maiores percentuais de idosos não frágeis que mudaram para pré- frágeis, seguido de frágeis para pré-frágeis; e óbito nos frágeis. O aumento do escore de indicativo de depressão foi preditor para condição pré- frágil e frágil; enquanto o aumento do número de medicamentos e a diminuição dos escores de AIVD para a condição frágil. O aumento do número de medicamentos e diminuição dos escores de AIVD foram preditores da diminuição da força muscular; o aumento do escore de indicativo de sintomas depressivos para o autorrelato de exaustão e/ou fadiga e baixo nível de atividade física; e a diminuição dos escores de AIVD no autorrelato de exaustão e/ou fadiga, lentidão na velocidade de marcha e baixo nível de atividade física. O autorrelato de exaustão e/ou fadiga foi preditor da condição pré- frágil e frágil; e a diminuição da força muscular para frágeis. A condição de fragilidade não foi preditora de readmissões. Entretanto, o aumento de readmissões foi preditor da condição frágil no follow-up. Após quatro anos de alta hospitalar, as condições frágil e pré- frágil foram preditores para o óbito, e o mesmo ocorreu em idosos com comprometimento na lentidão na velocidade de marcha, diminuição da força muscular, autorrelato de exaustão e/ou fadiga e baixo nível de atividade física. A condição frágil se associou a menores escores de QV, após quatro anos de alta hospitalar, nos domínios físico e meio ambiente; e facetas autonomia, atividades passadas, presentes e futuras e participação social. Na condição pré-frágil, menores escores foram identificados nas facetas autonomia e participação social. Os resultados dessa investigação podem auxiliar na identificação dos grupos de idosos que necessitam de intervenções precoces, para que haja melhora e/ou estadiamento da fragilidade. |