Preditores de resiliência e mortalidade em Idosos: análise de equação estrutural
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1705 |
Resumo: | Objetivou-se analisar a resiliência e a mortalidade entre idosos da comunidade do município de Uberaba ao longo de quatro anos; identificar os escores de resiliência total, por sexo e faixa etária em dois momentos, com intervalo de quatro anos (2018 e 2022); comparar as mudanças ocorridas nos escores de resiliência total, por sexo e faixa etária ao longo do seguimento; verificar as variáveis sociodemográficos e de saúde preditoras da resiliência, por meio do modelo de equação estruturada analisar a resiliência de acordo com as variáveis relacionadas à Covid-19; verificar a resiliência como preditora de mortalidade entre idosos ajustada segundo sexo, faixa etária, número de morbidades e indicativo de sintomas depressivos por meio do modelo de equação estruturada. Estudo quantitativo, analítico e longitudinal realizado com 201 idosos em 2018 e 2022. Utilizaram-se os instrumentos: Mini Exame do Estado Mental, Escala de Depressão Geriátrica Abreviada, Índice de Katz, Escala de Lawton e Brody, Escala de Resiliência de Connor-Davidson para o Brasil-25; Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional e Multidimensional; Instrumento de Avaliação de situações adversas no período de pandemia SARSCoV- 2. Procederam-se à análise descritiva, distribuição da frequência, cálculo de medida de tendência central e dispersão, análise de trajetórias (Path Analysis). Foram considerados para ajustamento p< 0,05; Goodness of Fit Index (GFI) ≥ 0,95; Comparative Fit Index (CFI) ≥ 0,95; Tucker-Lewis Index (TLI) ≥ 0,90 e Root Mean Error of Approximation (RMSEA) ≤ 0,05. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFTM, parecer nº 5.158.249. Predominaram em 2022 pessoas do sexo feminino (68,2%); faixa etária 60|-79 anos (42,1%); com escolaridade (86,1%); com companheiro (50,7%); renda mensal individual maior ou igual um saláriomínimo (91,5%); autopercepção de saúde negativa (54,5%); independentes nas atividades básicas de vida diária (ABVD) (95,0%); dependência parcial nas AIVD (69,2%); maior participação nas atividades avançadas de vida diária (AAVD) (79,1%); com até 5 morbidades (71,1%); sem indicativo de sintomatologia depressiva (77,1%). Média do escore total de resiliência em 2022 foi 78,60% (±13,52) (p= 0,314). Para o sexo feminino foi 76,47 (14,00) (p= 0,542); masculino 83,14 (11,27) (p= 0,325); 60 a 79 anos 78,95 (13,59) (p= 0,945) e ≥ 80 anos 77,08 (13,33) (p= 0,013). Não foram verificadas mudanças nos escores nos dois momentos do estudo, apenas idosos com idade igual ou superior a 80 anos apresentaram uma redução. Variáveis com efeitos diretos para resiliência foram: menor sintomatologia depressiva e sexo masculino. E efeitos indiretos foram: melhor autopercepção de saúde - mediada por menor sintomatologia depressiva e maior participação em atividades avançadas da vida diária - e menor número de morbidades, mediado pela melhor autopercepção de saúde e menor sintomatologia depressiva. Maior resiliência reduziu o risco de mortalidade por todas as causas, sendo considerada um fator de proteção para mortalidade. Na análise de caminhos, a resiliência apresentou efeito direto para menor mortalidade e indireto, mediado pela pior autopercepção de saúde e menor participação em atividades avançadas da vida diária. Conclusão: Houve diminuição nos escores de resiliência total e por sexo, nos dois momentos, sem significância estatística. Entre aqueles ≥ 80 anos obteve-se uma diminuição do escore. O presente estudo forneceu evidências de que uma melhor resiliência foi associada a um risco reduzido de mortalidade. |