“Tem caroço nesse angú”: indícios da colonialidade em documentos da educação patrimonial: uma análise documental á luz da decolonialidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: GONÇALVES, Maycon Junio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1476
Resumo: A pesquisa que aqui se apresenta foi produzida no âmbito do mestrado em educação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), promove análises e reflexões acerca das práticas de educação patrimonial desenvolvidas pela Seção Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Uberaba (SEMPAC) entre os anos de 2017 e 2020, analisando o modo como as manifestações culturais afro-brasileiras presentes no município se colocam em perspectiva nas ações desenvolvidas pela equipe técnica. Desse modo, assume-se a perspectiva decolonial para a realização de uma análise documental, amparada pelo método do paradigma indiciário de Carlo Ginzburg, tendo como objetivo principal: analisar pelas vias documentais como o programa de educação patrimonial desenvolvido pela SEMPAC na cidade de Uberaba, trabalha com as manifestações afro culturais do município e investigando se potencializam uma educação das relações étnico raciais pelas ações desenvolvidas. No propósito de alcançar o objetivo geral estabelecido, adota-se enquanto específicos: Investigar nos documentos produzidos pelo programa de educação patrimonial do município de que maneira e sobre quais premissas teórico metodológicas as ações se desenvolvem nas escolas da cidade de Uberaba; Compreender como o programa de educação patrimonial trabalha com a temática da diversidade cultural e étnico racial observada nas manifestações culturais protegidas pelas políticas patrimoniais em âmbito municipal; Promover considerações sobre o programa em questão, propondo reflexões que permitam ponderar se por meio dos pressupostos da interculturalidade crítica e decolonialidade, é possível potencializar as ações de educação para relações étnico raciais. Parte-se da premissa de que pelo campo do patrimônio cultural e da educação patrimonial terem se articulado no contexto social de expansão da modernidade, reproduzem em suas instâncias funcionais, a colonialidade operante no constructo da sociedade moderna, sobretudo, por estarem imbricadas às disputas que atravessam a construção do estado nação, história nacional, memória e identidade. Desse modo, a análise empreendida sinaliza para dois caminhos distintos sendo um que demarca as problemáticas que atravessam o campo da educação patrimonial, no tocante ao trato da abordagem étnico racial, e outro que aponta para as possibilidade de que ao assumir uma perspectiva intercultural crítica e decolonial, novos movimentos seriam potencializados, possibilitando outras construções teórico práticas onde estes sujeitos, outrora invisibilizados pela lógica moderna, se coloquem em lugar de protagonismo frente às manifestações socioculturais que detém.