Ação educativa do Museu Afro Brasil: educação patrimonial no combate à discriminação étnico-racial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Matos, Isla Andrade Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15466
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo, a partir das reflexões teóricas sobre educação e educação em museus, investigar a atuação da ação educativa do Museu Afro Brasil junto aos grupos de escolas agendados para as visitas orientadas. Com o propósito de atuar para o reconhecimento da população africana e afrodescendente como sujeitos sociais na cultura brasileira, tirando-lhes o estigma da escravidão e valorizando seus modos de ser e fazer, o Museu Afro Brasil estaria assumindo o papel de combater a discriminação étnico-racial, buscando conscientizar seus visitantes da importância da influência africana na construção da nacionalidade brasileira. Por isso, assim foi definido o problema de pesquisa: a ação educativa do Museu Afro Brasil combate a discriminação étnico-racial por meio da prática da educação patrimonial? Adotando o procedimento etnográfico e empírico de observação das visitas orientadas, constatou-se a não confirmação da hipótese inicial da pesquisa, à qual sustentava que o Museu Afro Brasil realizaria uma educação patrimonial no sentido de ser celebrativa à história dos negros no Brasil e na África da perspectiva narrativa inaugurada por von Martius sobre a participação das três raças (branca, negra e indígena) na construção do Brasil. Dentre os resultados obtidos com a pesquisa, foram observadas características da ação educativa que podem ser consideradas enquanto critérios de ensino e aprendizagem, mas não de educação patrimonial. Por outro lado, há uma preocupação em ensinar os alunos a lerem os objetos expostos e a reconhecerem a influência africana na cultura brasileira. Constatou-se também a descontinuidade das visitas, que envolve não só o museu, mas principalmente a escola na preparação e finalização da visita, atividade essa que poderia modificar a qualidade da educação realizada no museu.