Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Deyvid José Souza [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/64103
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Resumo: |
O presente trabalho se sustenta em um tripé: as influências da pós-modernidade no contexto escolar, a transformação da identidade na adolescência e a implementação da História e Filosofia das Ciências no ensino de ciências. Nosso objetivo principal é elencar e analisar argumentos para fundamentar a hipótese de que o ensino de ciências baseado na abordagem da História e Filosofia das Ciências pode nos ajudar a desenvolver um senso de pertencimento histórico-cultural, contribuindo para o fortalecimento das identidades de adolescentes que fazem parte do contexto escolar pós-moderno. Para realizarmos uma discussão envolvendo a literatura especializada dessas áreas, iniciamos nosso trabalho pelo reconhecimento de que esse fortalecimento das identidades de adolescentes precisa passar pela formação de docentes da Educação Básica e pela explicitação da nossa busca de ser mais, a qual se deu por meio da educação problematizadora e libertadora de Paulo Freire, da ética da razão cordial de Adela Cortina e do embasamento historiográfico proposto por Ubiratan D’Ambrosio em seu Programa Etnomatemática. Além disso, apresentamos elementos da Hermenêutica Filosófica de Gadamer para fundamentar a nossa hipótese e defender o potencial da abordagem em História e Filosofia das Ciências ajudar docentes de ciências a problematizarem duas características que são reconhecidamente inerentes ao contexto atual, aqui entendido a partir de estudos sobre pós-modernidade: o culto à novidade e o individualismo exacerbado. Como resultado final, buscamos trazer uma contribuição para a formação de docentes de ciências, no sentido de dar concretude às ideias discutidas na pesquisa por meio da construção de uma narrativa histórica sobre a astronomia Tupinambá nos seiscentos, a qual se preocupa em valorizar as tradições culturais brasileiras e em criticar narrativas eurocentradas, androcêntricas e hegemônicas sobre as ciências, que comumente reforçam atitudes de colonização e negação do outro. Com efeito, destacamos o potencial dessa narrativa para estimular docentes de ciências da Educação Básica a problematizarem características de seu contexto – tais como o culto à novidade e o individualismo exacerbado – e a buscarem promover um senso de pertencimento histórico-cultural em adolescentes ao longo de suas aulas. |