Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Testa, Edimarcio |
Orientador(a): |
Rohden, Luiz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11908
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Resumo: |
Aqui, defendo que a práxis hermenêutica é uma atividade responsável. O tema da responsabilidade está presente nas reflexões hermenêuticas de Hans-George Gadamer, mas de forma assistemática. Ele é ainda objeto de reflexão por parte de alguns intérpretes que, com exceção de Theodore George (2020), pouco o desenvolvem. Tanto a sistematização quanto o desenvolvimento mais amplo da responsabilidade ética, esta ínsita à atividade de compreender e interpretar, auxiliam na sua própria compreensão e também estabelecem as bases para a reflexão acerca de problemas práticos vigentes que exigem, sobretudo, a consideração da alteridade, seja em nível pessoal, social, político, cultural, ecológico. No âmbito do pensamento hermenêutico de Gadamer, a atividade do intérprete define-se como práxis, uma vez que seu modelo é a phronesis aristotélica da Ética Nicomaqueia. Após o estabelecimento do significado hermenêutico da phronesis, comparativamente ao significado aristotélico, caracterizo a práxis hermenêutica, a partir de seus elementos constitutivos fundamentais, como atividade mediadora do universal no particular, guiada pelo saber ético, enraizada na vida ética e no processo dialógico. Concluo apresentando cinco formas de responsabilidade que incidem, respectivamente, sobre a “escolha”, a “resposta”, a “autorresponsabilização”, a “singularidade” e o próprio “compreender”. Argumento que, apesar de suas peculiaridades, essas formas têm por base o exercício prático da hermenêutica e são permeadas por ele. Com isso, assumo que elas se fundem na generalidade da noção de práxis hermenêutica, bem como no encontro com a alteridade, que lhes confere fundamentalmente um caráter ético. |