Enxerto omental livre sem anastomose na cicatrização de feridas em gatos (Felis catus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teixeira, Jorge Gabriel de Cerqueira lattes
Orientador(a): Silva, Marta Fernanda Albuquerque da lattes
Banca de defesa: Ferreira, Maria de Lourdes Gonçalves lattes, Corgozinho, Kátia Barão lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14123
Resumo: São conhecidas as propriedades do omento no auxílio ao reparo tecidual. Sabendo-se que a cicatrização de pele é mais lenta em gatos e que é escasso o número de estudos na utilização do omento em sua forma livre sem anastomose vascular, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento de enxerto de omento livre sem anastomose implantado no espaço subcutâneo. Foram utilizadas 20 gatas inteiras, de idade entre um e sete anos, provenientes do Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro foram distribuídas em dois grupos (n=10/grupo), diferindo quanto à utilização do enxerto de omento livre. No GRUPO TRATADO (GT) foi aplicado um fragmento omental sob a ferida cirúrgica experimental e no GRUPO CONTROLE (GC) o procedimento de síntese da ferida experimental ocorreu sem inclusão do fragmento. Todos os animais foram avaliados previamente e selecionou-se os sem alterações em exames de sangue e FIV/FeLV negativos. As cirurgias foram executadas no Centro Cirúrgico de Pesquisa e Extensão (CCPE) do Instituto de Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Previamente à realização ou não do implante omental foi realizada a cirurgia de ovariossalpingohisterectomia (OSH) em todos os animais. Ao final da realização da OSH e anteriormente à celiorrafia, nos animais do GT um fragmento do grande omento era retirado e armazenado em solução estéril de Ringer Lactato. Produziu-se outra incisão, de aproximadamente 2cm, localizada 1cm cranial à incisão para OSH, sendo considerada ferida experimental. Esta incisão era realizada até o subcutâneo, preservando a fáscia muscular, em seguida, o tecido subcutâneo era tracionado em cada lado da incisão. No GT, uma porção do omento medindo aproximadamente 2,0cm x 1,0cm era implantado na ferida cirúrgica experimental e no GC o procedimento de síntese foi executado da forma rotineira, sem implante. As feridas foram observadas nos dias 1, 2, 4, 8 e 15 do pós-operatório e semanalmente, até nenhuma alteração ser observada. Foram realizadas avaliações da ferida experimental quanto à coloração, consistência, presença de crosta, resistência da ferida e medidas do volume apresentado no GT. Nos resultados destacou-se a ativação do omento no quarto dia de avaliação, observada pelo aumento de volume, com redução de hemorragia e aumento na resistência da ferida experimental à tração. Concluiu-se que o omento em sua forma livre sem anastomose é capaz de manter sua viabilidade quando aplicado no subcutâneo de gatas e de exercer influência positiva sobre o processo de reparo, sem sinais deletérios do enxerto sobre a região implantada.