Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Campos, Ana Carolina de Souza
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Orientador(a): |
Silva, Marta Fernanda Albuquerque da
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Banca de defesa: |
Silva, Marta Fernanda Albuquerque da
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França, Ticiana do Nascimento
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Barros, Felipe Farias Pereira da Câmara
,
Carvalho, Vivian de Assunção Nogueira
,
Peixoto, Tiago da Cunha
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20800
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Resumo: |
O omento é um tecido presente em todos os mamíferos e há claras evidências de suas propriedades no tratamento de animais como o estímulo à neovascularização, reconstituição de tecidos, drenagem linfática, preenchimento de defeitos e incremento à cicatrização, inclusive em sítios com infecção. Sua aplicação se dá em lesões peritoneais e extra peritoneais com uso amplo na cirurgia, porém há informações escassas quanto às suas características histológicas, imunohistoquímicas e ultraestruturais, não sendo encontrados na Medicina Veterinária estudos que comparem as características do omento entre as espécies domésticas. O objetivo deste estudo é avaliar os componentes do omento nos animais para compreender a real função desse tecido em especial, a existência de possíveis aglomerados de células imunes, os conhecidos “milky spots” (MS) relatados no ser humano, bem como para determinar a composição e atividade dessa população imune. Para isso, foram coletadas amostras de fragmento de omento com 2x2cm de 15 gatas e 13 cadelas durante a cirurgia de ovariohisterectomia eletiva. Parte desse material foi fixado em formol tamponado (10%) para realização da técnica de histologia e imunohistoquímica a fim de detectar células imunes (linfócitos B, T, macrófagos e células dendríticas). Outra parte foi fixada em solução de karnovizk para análise ultraestrutural por meio de microscopia eletrônica de varredura e transmissão. Nas avaliações por histologia e imunohistoquímica não foram encontradas os MS como são descritos no homem, somente agregados de células de defesa, principalmente na região translúcida e junto aos vasos sanguíneos, havendo diferença estatística significativa na comparação da presença de células de defesa entre as duas regiões omentais (p = 0,034). A população imune era composta principalmente por macrófagos, seguidos de linfócitos B e T nas cadelas; nas gatas havia menor número de células de defesa, e foram detectados somente macrófagos na área translúcida e de transição entre as regiões do omento conforme análise estatística descritiva. Pela microscopia eletrônica notou-se a presença de poros e estômatos linfáticos na superfície do omento nas duas espécies que podem ter papel importante na passagem de fluidos e substâncias através do omento. Concluiu-se que apesar das pequenas diferenças na estrutura e composição do omento de cadelas e gatas em relação à espécie humana, os achados deste estudo demonstram o papel deste tecido nos mecanismos de defesa contra afecções intrabdominais e a validade de seu uso no reparo de lesões extraperitoneais nas espécies avaliadas. |